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O ChatGPT pode ser impressionante, mas polui “que se farta”

A chegada do ChatGPT despertou o interesse nos chatbots baseados em Inteligência Artificial (IA) e, por isso, temos visto alguns surgirem, bem como integrações daquele que foi desenvolvido pela OpenAI. Apesar de estarem dotados com uma capacidade impressionante, estes sistemas têm, claro, um senão: poluem – muito.


Não estão ainda no seu auge, mas já surpreendem e ajudam as pessoas com as suas respostas rápidas. Apesar da popularidade que o ChatGPT, bem como outros sistemas de IA semelhantes, já carrega, ainda precisa de aperfeiçoamento, quer pelos erros que sabemos que comete, quer pela poluição que resulta da sua atividade.

Para criar um motor de busca baseado em IA, é necessária uma enorme potência computacional. Afinal, os motores são alimentados com enormes quantidades de dados, por forma a conseguirem garantir respostas cada vez mais precisas às perguntas que os utilizadores lhes colocam.

Essa potência computacional aumenta a quantidade de energia utilizada pelas empresas que os desenvolvem e resulta num aumento exponencial das emissões de dióxido de carbono. Se este era já um problema que as empresas queriam resolver, com a chegada do ChatGPT e a emergência de chatbots semelhantes, a questão poderá ganhar uma dimensão mais preocupante.

A formação destes modelos requer uma imensa quantidade de poder computacional. Neste momento só as grandes empresas de tecnologia podem treiná-los.

Garantiu, ao Wired, Carlos Gómez-Rodríguez, informático da Universidad de La Coruña.

Carlos Gómez-Rodríguez, informático da Universidad de La Coruña

Para empresas como a Microsoft e a Google, que pretendem assegurar um balanço negativo no que às suas emissões diz respeito, entre 2030 e 2050, o investimento no ChatGPT e em IA semelhante pode atrasar os seus planos ou mesmo prejudicá-los.

 

IA dá respostas rápidas sob uma mancha de poluição

Conforme referiu o Xataka, a OpenAI não revelou o custo computacional ou energético do ChatGPT. Contudo, estudos publicados pela Google estimam que preparação do GPT-3, no qual se baseia parcialmente o chatbot do momento, consumiu 1.287 MWh e gerou a emissão de mais de 550 toneladas de carbono.

A par deste, outros estudos independentes levados a cabo por algumas universidades, como a de Massachusetts, concluíram que uma única sessão de aprendizagem gera tantas emissões como cinco automóveis durante todo o seu ciclo de vida. Ora, se um modelo for treinado constantemente, as emissões ver-se-ão aumentadas, exponencialmente.

Segundo o informático Carlos Gómez-Rodríguez, à quantidade de emissões que o treino de um sistema como o ChatGPT gera devem ser adicionadas aquelas que resultam do “funcionamento do motor para servir os pedidos de milhões de utilizadores”.

 

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