Cada vez mais, e motivado pelo avanço tecnológico, é essencial garantir a facilidade do armazenamento de dados. Nesse sentido, a Microsoft fez o que parece impossível: encontrou uma forma de armazenar dados no ADN.
Será possível que este novo sistema venha a substituir os discos rígidos, por exemplo?
A Microsoft fez história, por avançar significativamente na utilização de ADN artificial para armazenar dados e informações. Para isto ser possível, a gigante da tecnologia uniu-se ao Molecular Information Systems Laboratory da University of Washington.
Atualmente, numa base padrão, o mundo gera mais de 2,5 milhões de gigabytes de dados, todos os dias. Este valor, pela tendência que lhe está associada, crescerá ainda mais nos próximos anos. Portanto, em breve, a forma que conhecemos de armazenamento de dados poderá deixar de ser eficaz.
Num relatório publicado pela International Data Corporation, a procura de armazenamento de dados atingirá, provavelmente, nove zettabytes, em 2024. Ora, cabe às empresas tecnológicas desenvolver soluções e potenciais alternativas.
Armazenamento de dados no ADN: Microsoft conseguiu o que se cria como impossível
Embora, eventualmente, se conheça uma perda massiva de dados, aqueles armazenados em ADN poderão durar longos períodos de tempo. Além disso, o ADN tem a capacidade de armazenar um exabyte, ou cerca de mil milhões de gigabytes, por polegada quadrada. Esta quantidade é superior à capacidade do melhor método conhecido atualmente.
Por saber que o armazenamento de dados no ADN poderia resultar e seria ideal, a Microsoft tentou… e conseguiu.
No entanto, a aplicação prática do armazenamento de dados no ADN da Microsoft é rebuscada. Sendo isto dispendioso, escrever apenas alguns megabytes já custará milhões de dólares. Além disso, a complexidade técnica por trás deste método, bem como a velocidade a que, ainda, está associado, refletem o trabalho que a Microsoft tem pela frente.
Desde que se mantenha a temperatura suficientemente baixa, os dados sobreviverão durante milhares de anos, pelo que o custo de propriedade cai para quase zero.
Disse, à BBC, Nicholas Guise, um investigador do Georgia Tech Research Institute (GTRI), sobre a possibilidade de o ADN conseguir armazenar dados durante um longo período de tempo.
Embora o armazenamento de dados no ADN represente mais taxas de erro do que o armazenamento normal, em colaboração com a University of Washington, os investigadores do GTRI descobriram uma forma de os identificar e corrigir.
Este avanço da Microsoft, no sentido do armazenamento (quase) permanente de dados, é apoiado pela Intelligence Advanced Research Projects Activity, que promove inovações científicas.
A investigação foi publicada na Science Advances.
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