À medida que a Starlink da SpaceX cresce e monopoliza o mercado, outras empresas e até governos procuram criar alternativas, visando afastarem-se da solução americana e evitar a dependência face a um serviço útil. Após anunciar os planos, Itália estará na segunda fase do seu próprio “sistema nacional de satélites”.
Conforme informámos, em fevereiro, citando o ministro da Indústria italiano, o país planeava desenvolver os seus próprios satélites para a órbita baixa da Terra para comunicações governamentais.
Estamos de facto a trabalhar na criação de um sistema nacional de satélites de órbita baixa desenvolvido de forma independente, com o envolvimento dos principais atores nacionais.
Informou Adolfo Urso, defendendo que o desenvolvimento de satélites próprios oferecerá uma alternativa competitiva às infraestruturas fornecidas por outros operadores globais, incluindo a Starlink.
Entretanto, hoje, a Reuters confirmou, junto de uma fonte próxima do assunto, que Itália está efetivamente a avançar com um plano para criar a sua própria constelação de satélites de baixa órbita.
A informação mais recente indica que a constelação será de dupla utilização – para usos civis e militares – e será composta por mais de 100 satélites, interoperáveis com todas as outras constelações de satélites existentes: “A ideia é que a constelação funcione em conjunto com outras, não necessariamente sozinha”.
A agência espacial italiana apresentou ao Governo um estudo preliminar de viabilidade para o projeto no início deste mês, muito antes do prazo inicialmente estabelecido, que apontava para o verão.
Agora, está a avançar com a chamada fase 2, que implica conversações com empresas, incluindo o grupo estatal de defesa e aeroespacial Leonardo, que estará envolvido no fabrico e instalação da constelação.
Segundo a fonte da Reuters, a constelação italiana não deverá estar pronta antes de 2031.