Conforme temos acompanhado, a crise de chips tem complicado a normal operacionalização de várias empresas dos mais variados setores. Durante uma intervenção na Web Summit 2021, a decorrer em Lisboa, Simon Segars, CEO da Arm, alertou as pessoas que ainda não garantiram os seus dispositivos eletrónicos para o Natal.
Segundo ele, estas poderão sofrer uma desilusão, não recebendo as suas encomendas atempadamente.
A Web Summit 2021, um dos mais importantes eventos mundiais de tecnologia, empreendedorismo e inovação, está a decorrer esta semana, em Lisboa. Durante a sua intervenção na cimeira tecnológica, Simon Segars, CEO da empresa de chips britânica Arm, alertou os possíveis clientes sobre problemas associados ao fornecimento para época do Natal.
Tendo em conta a (muito) presente crise de chips – que tem afetado empresas de vários setores, como telemóveis, eletrodomésticos e consolas de videojogos -, os clientes que ainda não encomendaram os seus dispositivos eletrónicos podem não os receber a tempo da época festiva.
Web Summit 2021 aborda crise de chips
Conforme lamentou Simon Segars, o desfasamento entre a oferta e a procura é “o mais extremo” que alguma vez viu, pelo que a crise “sem precedentes” não estará completamente resolvida até ao Natal de 2022. Além disso, revelou que, em alguns casos, o tempo de espera pelos chips está em 60 semanas. Portanto, os cerca de 50 dias até ao Natal poderão não ser suficientes para concretizar as entregas.
Se ainda não compraram todos os vossos dispositivos, podem ficar desapontados […] Nunca tinha sido assim antes.
Disse o CEO da Arm, durante o primeiro dia da Web Summit 2021, em Lisboa.
Além disso, Simon Segars explicou que a escassez de chips foi causada por uma panóplia de fatores, incluindo uma procura sem precedentes de dispositivos durante a pandemia. Esta terá sido motivada pela necessidade de comunicação, mas também pelos regimes de telescola e teletrabalho.
Mais do que isso, foram apontados como problemas o lançamento do 5G, o armazenamento de chips devido às sanções dos EUA face à Huawei, e o número reduzido de fábricas. Sobre esta última, Simon Segars referiu que “apenas a construção de fábricas” não seria suficiente.
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