Já há algum tempo que Steve Wozniak não era notícia. O caricato co-fundador da Apple é conhecido pelas suas afirmações polémicas que acabam por gerar sempre algum debate.
Desta vez Woz processou o YouTube devido a uma fraude relacionada com bitcoins, em que os criminosos usaram o seu nome para os golpes.
Steve Wozniak processa o YouTube por permitir fraude com o seu nome
O polémico co-fundador da Apple está a processar o YouTube devido a uma fraude de bitcoins. Os criminosos usaram o nome de Wozniak para dar credibilidade ao ato fraudulento.
Steve Wozniak está então assim a processar o YouTube por a plataforma permitir que o seu nome fosse usado pelos responsáveis no golpe.
Segundo a ação, que deu entrada no Tribunal Superior do Estado da Califórnia, os criminosos partilharam vídeos onde “Wozniak” realiza uma promoção de bitcoins. Desta forma, estes persuadem os utilizadores que, caso enviem bitcoins para um determinado endereço, o suposto Steve Wozniak lhes devolverá a quantia em dobro.
De acordo com a queixa:
O YouTube apresentou um fluxo constante de vídeos e promoções fraudulentos que usam falsamente imagens e vídeos do autor Steve Wozniak e de outros famosos empreendedores de tecnologia, e que enganaram os utilizadores do YouTube em milhões de dólares.
No processo constam também screenshots a anunciar ofertas de “5.000 BTC” e “10.000 BTC” onde aparece o co-fundador da Apple.
Há ainda outros vídeos deste esquema que utilizaram a imagem de outras personalidades, como por exemplo Elon Musk, Bill Gates e o especialista financeiro de auto-ajuda Robert Kiyosaki.
YouTube ainda não removeu os vídeos fraudulentos
Para além de Steve Wozniak, a queixa conta ainda com mais outras 17 pessoas. Os queixosos alegam que o YouTube está consciente destas fraudes, mas nem assim removeu os vídeos.
Apesar dos constantes pedidos dos queixosos e de outros utilizadores para que o YouTube tome medidas eficazes para acabar com esse golpe de distribuição de bitcoin, o YouTube atrasou repetidamente o pedido ou recusou-se a fazê-lo.
Como resultado das falhas flagrantes dos atos dos réus e da má conduta afirmativa na promoção desse empreendimento criminoso, o autor Wozniak sofreu e continua a sofrer danos irreparáveis quanto à sua reputação, e os utilizadores do YouTube, incluindo os autores, foram enganados em milhões de dólares. Entre outras providências, os Requerentes pretendem uma ordem a exigir que o YouTube finalmente acabe com a sua prática ultrajante de alojar, promover e lucrar com estes vídeos e promoções criminalmente fraudulentos.
Ao The Verge um porta-voz do YouTube adiantou que o serviço leva a sério o abuso da plataforma. Adiantou ainda que a plataforma age rapidamente quando deteta violações das suas políticas, como fraudes ou imitações.