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O Youtube já impede os canais anti-vacinação de rentabilizar os seus vídeos

[Atualização da Google/Youtube] A Google contactou o Pplware e informou que estas políticas são já uma prática comum do Youtube.

A plataforma de vídeos da Google, o YouTube, esteve recentemente sob contestação ao ser apontado como principal influenciador de opinião e fonte de novos seguidores para a teoria da Terra plana. Contudo, têm sido as campanhas  contra a vacinação que mais temor têm despertado nas principais autoridades mundiais.

Agora, respondendo às preocupações dos investidores na plataforma de vídeos, o YouTube toma esta decisão, reforçando medidas que já tinha implementado.


A decisão foi avançada primeiramente pela publicação Buzzfeed, que deu a conhecer as ações da plataforma de vídeos da Google. Esta, preocupada com os clamores dos seus anunciantes, decidiu cortar a principal fonte de rentabilização para canais e vídeos que promovam a não vacinação, especialmente em crianças.

A plataforma de vídeos da Google endureceu a sua posição

Deve ler-se, nesta atitude, que a Google, e consequentemente o YouTube, agiu após as reclamações dos seus investidores e anunciantes. Estes, depararam-se com os seus anúncios, com a sua marca associada a canais e conteúdos que promoviam a não vacinação.

Por conseguinte, o sentimento de descontentamento foi rapidamente veiculado aos representantes do YouTube que, em poucas horas, tomaram a seguinte ação. Assim sendo, a plataforma de vídeos da Google acaba com a monetização ou rentabilização de todo e qualquer vídeo ou canal que se dedique à propagação destes ideais.

Ainda de acordo com uma investigação da TechCrunch, foram descobertos vários canais contra a vacinação que estavam a apresentar anúncios de companhias farmacêuticas. Um aparente contra-senso que, ainda assim, estava a gerar receitas para quem queria combater estas mesmas empresas.

O YouTube já impediu vários canais de rentabilizar os seus vídeos

Ainda que a plataforma de vídeos da Google prima e defenda sempre o princípio da liberdade de expressão, os anunciantes acabam por ter a última palavra. Já perante o relato inicial da Buzzfeed, vários representantes da indústria farmacêutica afirmaram desconhecer que este tipo de canais estava a apresentar os seus anúncios.

Por outras palavras, estavam a financiar um movimento que pretende combater esta mesma indústria. Assim sendo, as empresas visadas socorreram-se de um dos artigos do código de conduta do YouTube. Mais especificamente, o ponto que proíbe conteúdos que possam pôr em risco a saúde ou bem-estar do espetador.

Dando procedência aos argumentos apresentados, o YouTube já tomou um novo curso de ação. Em vez de anúncios passará a apresentar cartões de informação. Além disso, apresentará também ligações para a Wikipédia, citando os benefícios, história e avanços proporcionados pela vacinação.

O flagelo da não vacinação em pleno século XXI

O YouTube reconhece assim que os movimentos anti-vacinação são o maior risco para a saúde pública em 2019, promovendo a sensibilização do público. Entretanto, também o Facebook deverá tomar uma postura mais rígida na contenção deste tipo de ideais.

Por fim, ainda de acordo com a investigação original, a plataforma de vídeos da Google alterará também o algoritmo. Isto para impedir que este tipo de vídeos conste das suas recomendações. Ao invés, passará a recomendar vídeos que apresentem os benefícios da vacinação.

Qual é a sua opinião sobre este tema?

[Atualização da Google/Youtube]

A Google contactou o Pplware e informou que estas políticas são já uma prática comum do Youtube.

Temos políticas rígidas que regem quais os vídeos em que permitimos que os anúncios sejam exibidos e os vídeos que promovem conteúdo anti- vacinação foram e continuam a ser uma violação à nossa política de publicidade prejudicial ou perigosa a longo termo. Aplicamos vigorosamente estas regras e, se encontrarmos um vídeo que as viole, imediatamente agimos e removemos os anúncios.

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