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Google está novamente na mira da União Europeia

A norte-americana Google possui uma ferramenta de classificados e divulgação de postos de trabalho diretamente no seu motor de busca. É uma implementação que tem sido cada vez mais procurada pelos candidatos, bem como pelos empregadores, mas agora estão na mira da União Europeia e Margrethe Vestager.

Vários serviços rivais acusam a Google de abusar da sua posição de dominância, diminuindo a concorrência.


A empresa norte-americana enfrenta agora uma queixa coletiva por parte de 23 serviços rivais. São vários websites e plataformas de procura e oferta de trabalho que, a uma só voz, enviaram uma carta à União Europeia. Mais concretamente, à comissária europeia para a concorrência, Margrethe Vestager.

Prática anticoncorrenciais apontadas à Google

A carta, de acordo com a Reuters, pede a suspensão temporário do serviço da Google. Uma medida provisória enquanto a comissária liderava as investigações à gigante das pesquisas. Note-se que em causa está o widget, ou secção interativa apresentada pela Google com as mais variadas listagens de trabalho.

A ferramenta da Google acaba por listar um agregado de pedidos com vários empregadores. De igual modo, proporciona aos candidatos a possibilidade de filtrar os tipos de empregos listados. Podem também guardar os favoritos, bem como definir alertas para novas vagas e listagens para um emprego pretendido.

 

Importa ainda frisar que as listagens de emprego aparecem sempre que alguém pesquisa por uma vaga de emprego no Google. Aí, o motor de busca apresenta um widget interativo onde podemos encontrar as várias listagens. Algo que está a ser apelidado de anticoncorrencial por entidades rivais.

O apelo a Margrethe Vestager e à União Europeia

Apelidada de ilegal, a postura da Google está a ser associada à sua posição de domínio para atrair novos utilizadores. Essencialmente esvaziando o propósito, e retirando público, a outras plataformas de oferta e procura de trabalho. Agora, a queixa chegou ao órgão da União Europeia, bem como à respetiva comissária.

Já, por outro lado e de acordo com o exclusivo da Reuters, outras empresas já vieram a público defender a Google. Nessa ótica, afirmam que a gigante acrescente inovação e competição à industria e ao mercado de trabalho, não o oposto.

Seja como for, as novas tensões expõem uma crescente dependência do tráfego gerado pela Google para essas plataformas. Algo que certamente não passa despercebido à gigante que reforça, a cada dia, o seu leque de ferramentas e opções. Contudo, temos também os variados órgãos reguladores cada vez mais atentos.

A Google é monopolista?

Há, realmente, um esforço por parte do legislador em seguir estas tecnológicas. Isto é, temos visto uma crescente preocupação e escrutínio das suas práticas, seja pela União Europeia, bem como pelos EUA. Em comum temos as investigações anti-monopolistas de ambos os lados do Atlântico.

 

 

Ainda que esta não seja a primeira queixa enfrentada pela Google, há agora um maior escrutínio do legislador. Isto é, sentimos que os governos e órgãos reguladores estão agora mais atentos aos movimentos das gigantes tecnológicas. Não obstante, a empresa não alterou a sua ferramenta, nem suspendeu tal atividade.

Em causa estão as queixas submetidas por empresas como a Best Jobs Online, a Jobindex, entre outras. Até ao momento não temos nenhuma pronúncia por parte de Margrethe Vestager, a comissária para a concorrência na União Europeia.

Contudo, merece ser dito que Margrethe Vestager deixará o cargo a 31 de outubro deste ano. Entretanto, está já a entregar o testemunho ao seu sucessor, mas sem se pronunciar sobre este caso.

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