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COVID-19: YouTube aperta ainda mais o cerco à desinformação sobre vacinas

A notícia parece não ser nova. Na verdade, já vimos vários vídeos a serem removidos da plataforma por conterem informação falsa relativamente à vacinação contra a COVID-19.

Contudo, há agora novas diretrizes relativas ao tema das vacinas e à sua abordagem nos vídeos publicados.


O problema da desinformação sobre vacinas da COVID-19

A desinformação relativa ao processo de vacinação da COVID-19 já teve efeitos nefastos um pouco por todo o mundo, com mortes que poderiam ter sido evitadas. A vacina não garante a nenhuma pessoa que não vá apanhar a doença, mas a grande maioria terá sintomas leves ou será mesmo assintomático, além de ser portador de uma carga viral menor, não sendo um agente transmissor tão forte como um não vacinado. Poderá saber mais aqui.

Atualmente, segundo dados partilhados hoje pela DGS, a vacinação completa já abrange 84% dos portugueses, um resultado que nos garante o alívio de medidas restritivas, mantendo a segurança da população.

Existem grupos que mantém a sua posição firme contra as vacinas da COVID-19 e, em muitos casos, promovem discursos de ódio e falaciosos, de forma a provocar a dúvida nas pessoas menos informadas ou mais suscetíveis a serem influenciadas negativamente. As redes sociais têm sido palco disso mesmo e vemos as empresas a tomar ações no sentido de travar a propagação dessa informação falsa.

YouTube tem novas diretrizes

O YouTube desde cedo que tem vindo a bloquear conteúdo relativo ao Coronavírus em geral e hoje anunciou mais medidas nesse sentido.

Agora, a plataforma baniu todos os vídeos com informações incorretas sobre vacinas atualmente administradas e aprovadas pelas autoridades de saúde locais ou pela Organização Mundial de Saúde.

Além disso, o serviço diz agora que os utilizadores não devem, por exemplo, publicar vídeos em que afirmam que as vacinas causam efeitos colaterais crónicos (além dos efeitos raros em sites que as autoridades de saúde reconheceram), conteúdo que alega que vacinas não reduzem a transmissão ou a contração de doenças, ou partilhar vídeos que deturpem a fórmula da vacina.

Apesar disto, existem algumas exceções. Pode ler-se que o YouTube irá continuar a permitir conteúdo sobre políticas de vacinas, novos testes de vacinas e sucessos ou fracassos históricos de vacinas. A discussão é importante e, por isso, os utilizadores também podem partilhar discussões científicas sobre vacinas e depoimentos pessoais sobre as suas experiências. Publicar vídeos que “condenam, contestam ou satirizam informações incorretas” que violam as políticas do YouTube, também podem ser considerados aceitáveis.

Esta medida surge, segundo a empresa, depois de terem sido recolhidas mais informações de conteúdos antivacinas para a COVID-19, de forma a não prejudicar criadores de conteúdo nas situações anteriormente descritas.

O desenvolvimento de políticas robustas leva tempo. Queríamos lançar uma política que fosse abrangente, executável com consistência e abordasse o desafio de forma adequada.

Disse o vice-presidente global de confiança e segurança do YouTube, Matt Halprin, ao The Washington Post.

Blog Oficial do YouTube

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