A tecnologia dirigida ao mercado de consumo tem vindo a ser alvo de grande evolução ao longo dos últimos anos, os preços da tecnologia de topo estão cada vez mais baixos e ao alcance de um maior número de consumidores.
Smartphones, computadores portáteis, tablets e TVs são os que ocupam a maior fatia de equipamentos tecnológicos mais procurados, mas são também estes que revelam que o mercado pode estar a ficar saturado.
No arrancar do ano, a Accenture divulgou um relatório que revela que em 2016 os consumidores não terão tanto incentivo à compra de tecnologia como tinham há um ano atrás.
Se por um lado o mercado, de uma forma geral, atingiu um certo nível de saturação, por outro o ritmo de inovação abrandou ligeiramente. Os smartphones de topo de hoje em dia não apresentam assim tantas novidades que façam com que consumidores queiram substituir o seu modelo mais antigo.
Do estudo apresentado pela Accenture, 47% dos consumidores inquiridos não pretende, este ano, adquirir um novo smartphone, afirmando que estão satisfeitos com o modelo que têm actualmente (mais 6% do que no ano anterior).
Em Portugal esta tendência também se verifica, tendo em consideração a procura de smartphones online através do KuantoKusta. No último trimestre de 2015 houve uma quebra na procura de smartphones de 3,1% em relação ao período homólogo.
Esta tendência verifica-se também em produtos como computadores portáteis, televisões e tablets.
Neste mundo da tecnologia, os produtos que começam despertar algum interesse aos consumidores prendem-se com os wearables, a Internet das Coisas e com os drones, ainda que de forma muito reduzida. Uma tendência acompanhada pelos consumidores portugueses.
Os smartwatches e as smartbands dedicadas ao desporto são, deste conjunto, os que ainda assim suscitam maior interesse por parte dos consumidores. Em Portugal, por exemplo, a procura de smartwatches aumentou cerca de 0,6% no último trimestre de 2015, face ao mesmo período de 2014.
Os drones continuarão este ano a captar o interesse dos consumidores, ainda que de uma forma pouco expressiva.
Ao contrário do primeiro conjunto de produtos, onde claramente o ritmo de inovação abrandou, neste segundo conjunto ainda há muito por onde explorar de forma a captar o interesse dos consumidores, podendo este facto contribuir para uma alteração das suas intenções de compra de produtos tecnológicos.