Os smartphones Android possuem uma aceitação global independentemente do seu fabricante. Primando pela abertura do seu sistema operativo e diversidade de preços, seja a Nokia, OnePlus ou qualquer outra marca, há certamente um equipamento para cada tipo de utilizador. Do mais entusiasta de personalização ao utilizador mais exigente, passando pelo mais comedido.
Variando em preço, interface e claro, características técnicas, podemos ainda assim denotar algumas tendências deste mercado. Entre elas, já há vários anos, que assistimos a uma escalada da quantidade de memória RAM empregue nos nossos smartphones. Mas há uns que consomem mais que outros.
Os smartphones Android possuem cada vez mais RAM
Se há 4 anos era um sonho de consumo ter um smartphone Android com 4GB de RAM, agora já soa a pouco. Entretanto, já temos no mercado smartphones da OnePlus com 10 GB de memória RAM, entre outras alternativas.
Por conseguinte, seja na OnePlus ou na Nokia, a cada ano que passa os nossos smartphones contam com mais memória RAM. Todavia, será que essa mesma memória RAM é bem aproveitada e gerida pelos smartphones Android?
Primeiramente relembrando a grande abertura e flexibilidade do sistema operativo Android. Algo que dá aos fabricantes a possibilidade de personalizar e ajustar certos aspetos do sistema operativo em si.
O resultado? Uma enorme diversidade de abordagens ao conceito de Android “puro”. Algo que facilmente reconhecemos como a Interface de Utilizador (UI) de cada marca. Contudo, as diferenças vão além do aspeto, permeando até ao funcionamento do sistema e gestão da memória RAM.
É precisamente aqui que reside o escopo deste artigo. De acordo com a pesquisa efetuada pela equipa Urbandroid, algumas marcas como a Nokia e a OnePlus deixam muito a desejar neste quesito.
Nokia e a OnePlus, as piores na gestão de RAM
Contextualizando o leitor, atualmente já não precisa (nem deve) ter uma app de otimização da bateria no seu smartphone. Ao longo dos últimos anos, a Google implementou no seu Android vários mecanismos para melhor gestão de energia.
Veja-se o “Doze” numa primeira fase, bem como o Adaptive Battery nas iterações mais recentes do sistema operativo. Duas vertentes de um mesmo esforço de poupança e otimização da bateria dos nossos smartphones.
Contudo, é preciso ser dito que algumas destas medidas são bastante bruscas para não dizer extremamente agressivas. Medidas que fecham, por vezes abusivamente, as aplicações a funcionar em segundo plano.
Em nome da poupança de bateria, tudo se sacrifica?
Por conseguinte o utilizador poderá sofrer atrasos na receção de notificações de algumas aplicações. Todavia, a Google aplica algoritmos de aprendizagem para saber que apps deve fechar, quando e com que frequência o deve fazer.
Ainda assim, tendo em conta a abertura do sistema operativo Android, os fabricantes podem interferir neste aspeto. Fazem-no pelas mais diversas razões, não sendo esse o cerne da nossa exposição.
É perante este cenário que a equipa Urbandroid resolveu criar um novo website e plataforma de publicação. Aí apontam publicamente o dedo às fabricantes de smartphones Android que mais pecam na gestão de RAM.
Esta denúncia pública é feita com três tipos de público em mente. Em primeiro lugar temos as próprias fabricantes de smartphones Android. Em segundo lugar temos o vulgo utilizador de smartphones/consumidor. Em terceiro lugar, os programadores de software.
A palavra acusadora reside na aplicação de medidas extremamente agressivas para o controlo de aplicações em segundo plano. Tudo isto com o intuito de prolongar a autonomia de bateria nos seus smartphones Android.
A Nokia lidera este ranking, em seguida temos a OnePlus
Tal como podemos ver na imagem em seguida, temos a Nokia em primeiro lugar neste ranking. Aliás, segundo o fundador do projecto, Jiri Richter foi exatamente a postura da Nokia que o convenceu a levar a cabo esta “lista da vergonha”.
Uma gestão de tal forma agressiva aplicada nos smartphones Android da Nokia obriga a uma reabertura constante das aplicações. Algo que, aos olhos desta equipa, não abona em nada a experiência de utilização dos smartphones Android.
Indo mais além das medidas já aplicadas pela própria Google no seu sistema operativo. A Nokia fecha virtualmente todas as apps e processos abertos em segundo plano passados 20 minutos desde o bloqueio do ecrã.
O pior de tudo? De pouco importa ter excluído uma app da lista de aplicações a otimizar pelo sistema. Aliás, o mesmo pode ocorrer até mesmo com os alarmes, de acordo com a mesma fonte.
Os smartphones Android da OnePlus não são melhor exemplo…
Não sendo a única infratora, à Nokia segue-se a OnePlus. Apesar de os seus smartphones possuírem quantidades generosas de memória RAM, a sua otimização é, ainda assim, extremamente agressiva.
Contudo, antes de mais é necessário perceber a importância de uma boa gestão de RAM no Android. Em seguida temos logo a Xiaomi, bem como a Huawei, Meizu, Sony, entre outras.
Em síntese, ainda que esta tendência possa passar despercebida a alguns utilizadores, as suas consequências podem-se fazer sentir. Uma notificação perdida? Um alarme que não o despertou?
Afinal há uma explicação e em breve traremos uma solução.
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