A Força Aérea Portuguesa tem em mãos um problema com os seus drones, destinados à vigilância florestal no combate a incêndios. Dos 12 equipamentos adquiridos, apenas 4 estão a funcionar a meio gás. Os drones, que custaram ao todo 4,5 milhões de euros, são modelos Ogassa VTOL e demonstram vários problemas técnicos, nomeadamente a descolar e aterrar verticalmente.
No entanto, também a Marinha Portuguesa adquiriu um desses modelos VTOL que está a dar problemas. No total a Marinha já gastou 858 mil euros no equipamento, mas à semelhança da Força Aérea este também demonstra problemas a levantar voo e aterrar, funções fundamentais para as suas tarefas.
Marinha Portuguesa comprou drone de milhares que tem problemas
A Marinha Portuguesa comprou um drone do mesmo modelo dos já adquiridos pela Força Aérea Portuguesa (FAP), designados Ogassa VTOL (vertical take-off and landing, ou descolagem e aterragem vertical).
Mas se os equipamentos do FAP já apresentam alguns problemas técnicos, o drone da Marinha também está a demonstrar dificuldades na função de aterrar e levantar voo verticalmente. Estas características são fundamentais para as necessidades da marinha, nomeadamente na utilização dos drones nos navios.
A informação é avançada pelo Diário de Notícias que adianta ainda que o drone da Marinha foi adquirido em vários contratos de ajuste direto que totalizam já 858 mil euros. No valor estão incluídos o drone, três sistemas de comando e controlo e ainda dois estudos. Por sua vez, os drones da Força Aérea foram significativamente mais baratos e custaram cerca de 375 mil euros cada um.
Veja o vídeo do drone Ogassa VTOL em ação:
Para já a Marinha Portuguesa ainda não se manifestou sobre o assunto.
Especificações técnicas do drone Ogassa VTOL
Trata-se de um drone de dimensões significativas, medindo 2,5 metros de comprimento, 4,2 metros de envergadura e 1,1 metros de altura.
O Ogassa VTOL consegue um alcance de 100 km e tem uma resistência entre 6 a 8 horas. É ainda capaz de atingir os 2.438 metros de altitude.
Na velocidade de cruzeiro alcança os 51 nós, apresentando uma velocidade máxima de 70 nós.
O tanque do drone é capaz de levar 11 litros de combustível, sendo alimentado a gasolina. Para além disso conta ainda com um gerador de energia elétrica a bordo.
Este modelo recorre então ao sistema de descolagem e aterragem vertical, conseguindo um peso máximo de descolagem de 36 kg e um peso máximo de carga útil de 5 kg.