Com a pandemia da COVID-19 a alastrar a passos largos por todo o Mundo, têm surgido algumas ideias interessantes no campo da tecnologia. Desde ventiladores artesanais, a outros dispositivos, a ideia é sempre a mesma, tentar ser uma ajuda no combate a este vírus.
Agora dos lados da Austrália surge também uma possível solução, ou seja, uma pulseira inteligente que poderá ajudar no diagnóstico da doença do Coronavírus.
Esta difícil luta que estamos a atravessar, precisa que todos sejam intervenientes. Uns a ficar em casa para evitar ao máximo a propagação do vírus, outros a desenvolver material de forma artesanal, outros dedicados à criação de EPI, como viseiras, e ainda o fabrico mais profissional, como ventiladores.
Mas há alguns equipamentos que o mercado já conhece e que podem também eles contribuir para detetar esta doença. Exemplo disso, que já aqui falámos, é o Apple Watch que poderá monitorizar o corpo. Também recentemente demos a conhecer um novo equipamento, aprovado nos EUA, capaz de detetar o novo Coronavírus em apenas 5 minutos.
WHOOP é a smartband que poderá ajudar no diagnóstico da COVID-19
Investigadores da Universidade do Centro de Queensland, na Austrália, estão a estudar uma forma de a pulseira inteligente WHOOP conseguir monitorizar a saúde do utilizador.
A pesquisa está a ser realizada em parceria com a clínica Cleveland, e baseia-se na recolha dos dados obtidos, pela pulseira, de centenas de voluntários que se auto diagnosticaram com a COVID-19, através de uma análise à respiração.
O WHOOP 3.0 foi recentemente validado pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, como sendo um equipamento exato na medição da frequência respiratória durante o sono. Tal como outras pulseiras, também esta dá ao utilizador informações acerca da qualidade do sono.
De acordo com os resultados obtidos, este dispositivo é um dos mais eficazes na medição respiratória e também um dos menos invasivos. Desta forma, poderá ser útil na deteção de alterações nos pacientes, entre eles, existência de sintomas COVID-19.
A equipa responsável pela criação do WHOOP indica que as taxa respiratória que o equipamento deteta apenas poderá desviar-se das já estabelecidas em cada pessoa por duas razões.
A primeira relacionada com fatores ambientais, como altas temperaturas e diferenças significativas na concentração de oxigénio; e a segunda relacionada com problemas do organismo, como por exemplo infeções respiratórias do trato inferior, comuns na COVID-19 e que diferem da gripe, que afeta o trato superior.
Desta forma, a pulseira será capaz de identificar taxas respiratórias fora do normal, mesmo antes que o paciente sinta falta de ar significativa.
Os investigadores indicam que a pesquisa ainda deverá durar 6 semanas, sendo que o grande objetivo é conseguir detetar pelo menos 500 pessoas com teste positivo para COVID-19