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Ucrânia deixa de fornecer gás Néon, essencial para a produção de chips

Todos os dias temos novidades relativamente às consequências que vão surgindo devido à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Enquanto muitas marcas e empresas do segmento tecnológico viram as costas ao país de Vladimir Putin, outras situações preocupantes começam a desenrolar-se.

aqui havíamos referido que este conflito também poderia ter impacto na indústria de chips. E as mais recentes informações dizem mesmo que a Ucrânia parou de fornecer gás Néon, essencial para a produção dos componentes.


Ucrânia deixa de vender gás Néon

Dois grandes fornecedores ucranianos, responsáveis por cerca de metade da produção global de gás Néon para semicondutores, suspenderam as suas operações num altura em que se intensificam os ataques da Rússia. Desta forma, tal como muitos analistas preveem, esta situação poderá trazer várias consequências no mundo da indústria, uma vez que pode contribuir para o agravamento da escassez de chips, para além de promover o aumento de preço dos mesmos.

Segundo os dados fornecidos pela Techcet, esses dois fornecedores são as empresas Ingas e Cryoin, e ambas fornecem entre 45% a 54% de gás Néon de grau semicondutor em todo o mundo. A Techtcet estima que o consumo global de gás néon para a produção de chips no ano passado foi de cerca de 540 toneladas. Para além disso, o país de Volodymyr Zelensky fornece mais de 90% deste elemento para os Estados Unidos da América.

Tal como já havíamos explicado anteriormente, o gás Néon é um elemento fundamental aplicado aos lasers usados no fabrico de chips.

Os representantes das fornecedoras ucranianas disseram que as suas empresas suspenderam as operações devido à destruição da sua infraestrutura crítica.

Antes do ataque russo, a Ingas produzia entre 15.000 a 20.000 metros cúbicos por mês para os clientes situados em Taiwan, China, Coreia do Sul, Estados Unidos e Alemanha. E cerca de 75% dos 10.000 metros cúbicos de gás Néon vão para a indústria de chips. Já a Cryoin produz cerca de 10.000 a 15.000 metros cúbicos de gás por mês. A fabricante interrompeu a sua atividade a 24 de fevereiro para proteção dos seus funcionários.

Com as operações paradas, as empresas deverão conseguir sobreviver pelo menos durante três meses. Isto caso os ataques não atinjam as instalações, o que seria ainda mais dramático.

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