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TSMC reconhece que investir na indústria de chips dos EUA é um desperdício de dinheiro

Nos últimos anos as notícias sobre a indústria de chips tem ganho uma maior notoriedade, muito devido à escassez de componentes provocada pela pandemia da COVID-19, onde as pessoas tiveram uma maior consciência da importância deste setor.

Mas há agora uma informação curiosa, pois segundo a gigante TSMC, a maior fabricante do mundo de semicondutores, o investimento na indústria de chips dos Estados Unidos da América é um desperdício de dinheiro.


Investir em chips dos EUA é um desperdício de dinheiro, diz TSMC

De acordo com as informações, o fundador da TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), Morris Chang, deu uma recente entrevista onde basicamente reconhece que a tentativa dos EUA em aumentar a sua produção de chip será “um exercício fútil e dispendioso”.

A opinião do executivo da gigante taiwanesa deve-se a uma combinação de fatores, como a grave e acentuada escassez de talentos no setor da manufatura, a par dos custos mais elevados do fabrico de chips nos EUA do que em Taiwan. Morris diz mesmo que esta produção ficaria 50% mais cara.

Morris Chang – CEO da TSMC

Por outro lado, o executivo reconhece que a oferta de talentos de design nos Estados Unidos é a melhor do mundo. E adianta que “Taiwan tem muito pouco talento em design e a TSMC não tem absolutamente nenhum. Mas para desenvolver e fazer crescer uma indústria de fabrico de chips bem-sucedida, os EUA precisariam de lidar com a sua própria grave escassez de talentos em fabrico“. Morris explica ainda que:

Os custos de fabrico nos Estados Unidos são simplesmente proibitivos, e a TSMC tem dados para provar isso graças a 25 anos de fabrico na sua fábrica de Oregon. A fábrica é lucrativa, mas os planos de expansão foram praticamente abandonados. Éramos extremamente ingénuos ao esperar custos comparáveis, mas fabricar chips nos EUA é 50% mais caro do que em Taiwan.

O CEO da giganta taiwanesa afirma no entanto que a produção nos EUA irá aumentar, nem que seja pouco. Mas acredita que “haverá um grande aumento no custo por unidade e será difícil para os EUA competir internacionalmente“.

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