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Países Baixos bloqueiam o acesso dos alunos chineses a programas tecnológicos sensíveis

A tensão entre a China e os Estados Unidos tem-se feito sentir cada vez com mais intensidade. Mas outros países têm também mostrado cartão vermelho aos avanços e possíveis más intenções da nação asiática. Neste sentido, as mais recentes informações indicam que os Países Baixos bloquearam agora o acesso dos estudantes universitários chineses aos programas tecnológicos sensíveis.


Com tantos bloqueios e sanções, a China tem tentado singrar e desenvolver-se através das poucas portas que ainda estão abertas. E, apesar de tudo, numa das nossas últimas questões semanais, concluímos que 85% dos nossos leitores acreditam que a China vai continuar a ser uma potência tecnológica, mesmo com as sanções de que é alvo. Mas esta é uma tarefa cada vez mais difícil.

Chineses impedidos de participar em programas tecnológicos sensíveis

De acordo com as informações avançadas pelo Bloomberg, os Países Baixos (conhecidos sobretudo como Holanda) estão a bloquear o acesso dos alunos chineses aos programas tecnológicos mais sensíveis. Lembramos que é neste país europeu que se encontra a ASML, que é a mais importante e avançada empresa de scanners dedicadas ao fabrico de chips mais inovadores.

Como tal, de forma a proteger esta sua indústria, os Países Baixos decidiram assim adotar medidas mais radicais e evitar que a China possa aceder e/ou interferir nas informações da indústria tecnológica através dos seus estudantes universitários. Portanto, o objetivo é que estes alunos chineses não possam aprender sobre as tecnologias mais sensíveis. E embora o governo holandês não especifique a China, vários funcionários que preferiram o anonimato disseram que esta é uma intenção clara de impedir os estudantes do país asiático de acederam a material confidencial deste segmento.

Esta é assim uma das consequências do acordo entre os EUA e os Países Baixos com a ASML no que respeita à exportação de chips. A agência de inteligência holandesa diz mesmo que há um risco muito elevado em termos de cooperação económica e científica com a China. Segundo a entidade:

O país muitas vezes esconde que o governo chinês ou os militares chineses podem estar envolvidos em tal cooperação em segundo plano. Muitas vezes, as desvantagens da cooperação só se tornam aparentes a longo prazo. A China tem como alvo empresas e instituições holandesas de alta tecnologia através de aquisições corporativas, cooperação académica, bem como espionagem (digital) ilegítima, informações privilegiadas, investimentos secretos e exportações ilegais.

Relembramos que em fevereiro a ASML acusou um ex-funcionário da China de roubar informações confidenciais estratégicas.

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