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Mesmo com as sanções, a chinesa SMIC está a trabalhar para fabricar chips de 3 nm

As sanções e restrições impostas pelos Estados Unidos fragilizaram significativamente vários setores da indústria chinesa, nomeadamente ao nível dos chips. Mas, mesmo com todos estes entraves, os relatórios indicam que a fabricante chinesa SMIC está a trabalhar para conseguir produzir chips avançados de 3 nm.


SMIC estará a trabalhar nos chips de 3 nm

Quando falamos na indústria de chips, há alguns nomes que se destacam, como a líder taiwanesa TSMC, a sul-coreana Samsung e a norte-americana Intel. Do lado da China, a SMIC (Semiconductor Manufacturing International Corporation) é a poderosa fabricante que, no entanto, e tal como outras empresas tecnológicas, tem sofrido na pele as fortes restrições impostas pelos Estados Unidos da América, uma vez que a China vê limitado o acesso a componentes vindos de outros países, assim como a possibilidade de venda dos seus produtos.

Mas os últimos relatórios da indústria mostram que a SMIC está a trabalhar para conseguir alcançar o processo de fabrico de 3 nm. Os detalhes indicam que a fabricante já definiu uma equipa de Pesquisa e Desenvolvimento para o fabrico dos chips de 3 nanómetros, sendo que para isso irá recorrer aos scanners DUV (Ultra Violeta Profunda).

E embora os chips avançados de outras fabricantes usem o equipamento mais moderno de EUV (Ultra Violeta Extrema), neste momento a China apenas pode contar com máquinas menos potentes pois os EUA também bloquearam o acesso do país asiático à maquinaria avançada, nomeadamente criada pela holandesa ASML.

Curiosamente, estes novos relatórios surgem um mês após o ex-vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da TSMC alertar que a Huawei seria capaz de criar chips de 5 nm. E como a SMIC e a Huawei, sendo duas chinesas aliadas afetadas pelas sanções norte-americanas, trabalham em conjunto, então há o receio de que a China se torne independente e fortaleça de tal forma a sua indústria de chips que, daqui a alguns anos, possa competir diretamente com a oferta existente atualmente dos restantes países.

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