Sabemos que atualmente a indústria dos chips eletrónicos está a travessar uma das mais duras e longas fases de escassez de componentes. Mas já diz o ditado que um mal nunca vem só, e parece que nalguns casos é mesmo verdade.
Nesse sentido, as informações mais recentes indicam que, para além desta falta de componentes, algumas fábricas na China também estão a ter problemas de falta de energia. Por esse mesmo motivo, fábricas de pelo menos cinco regiões já suspenderam a sua produção.
Fábricas chinesas com problemas de falta de energia
Como se já não bastasse a escassez de chips, há agora um outro problema a tirar o sono das fabricantes chinesas. De acordo com as informações recentemente reveladas, a produção de energia na China está a piorar significativamente a situação das fábricas. Os detalhes indicam que o país asiático está sentir acentuadas quebras no fornecimento de energia, devido à reduzida produção no âmbito do equilíbrio produção x poluição.
Como consequência deste novo flagelo, as fábricas de pelo menos cinco regiões chinesas já suspenderam os trabalhos de produção. A redução da energia disponível pode então levar a atrasos na produção e, por conseguinte, atrasos nas entregas das encomendas ao nível global.
Esta suspensão deverá ser temporária, ou pelo menos é esse o desejo das fabricantes. No entanto espera-se que este género de medida seja repetida ao longo dos próximos meses.
De acordo com um relatório da Associated Press (AP), vários fornecedores da Apple foram afetados por esta paralisação. Para além disso é ainda indicado que várias pessoas sofreram uma intoxicação por gás devido a uma fuga de energia numa fábrica metalúrgica. Esta situação fez com que o sistema de ventilação deixasse de funcionar, promovendo assim a intoxicação.
O presidente chinês Xi Jinping tem como objetivo conseguir um céu da capital chinesa limpo de poluição. No entanto tal tem causado algumas consequências, sendo que nalgumas regiões o preço do carvão, e outros combustíveis fósseis, aumentou.
A recente legislação da China limita às empresas o valor do preço a cobrar pela taxa energética, não podendo então aumentar o valor. Tal tem promovido a redução da produção de energia e as fábricas vêem-se obrigadas a suspender a produção que, por sua vez, irá retornar no início do próximo mês.
Mas com a aproximação do Natal, alguns especialistas já preveem que a situação agrave para as entregas alusivas a esta data festiva.