Pplware

ASML prevê que os processadores podem ter 300 mil milhões de transístores em 2030

O objetivo das fabricantes de hardware é, obviamente, evoluir na forma e nas tecnologias que usam na produção dos seus equipamentos. Tal vai diretamente oferecer ao mercado equipamentos mais potentes e também mais modernos.

Nesse sentido, a fabricante holandesa ASML acredita que é possível termos processadores com 300 mil milhões de transístores até ao ano de 2030.


A ASML (Advanced Semiconductor Materials Lithography) é a maior fornecedora de sistemas de litografia de semicondutores. A fabricante foi fundada em 1984 e está sediada em Veldhoven, nos Países Baixos. Nela são fabricadas máquinas para a produção de circuitos integrados, como por exemplo RAMs, chips de memória flash e CPUs.

Este empresa é então uma das mais importantes neste setor, e acaba por ter um peso extremamente significativo para a economia, indústria e emprego na Europa.

ASML prevê processadores com 300 mil milhões de transístores até 2030

De acordo com um documento enviado aos investidores, a ASML Holding revela que tem planos para criar processadores que tenham até 300 mil milhões de transístores até ao ano de 2030. A empresa holandesa destaca que a Lei de Moore continua de boa saúde, apesar de ser considerada como obsoleta por muitos especialistas. Recordamos que a lei prevê que a quantidade de transístores nos chips duplique a cada 18-24 meses.

Claro que esta tarefa não será nada fácil, até porque, por exemplo, o chip que compõe o CPU Nvidia GA100 é imenso e tem ‘somente’ 54 mil milhões de transístores. Portanto estamos a falar de processadores com quase 6x esta capacidade.

Mas a fabricante sublinha que pode ser perfeitamente capaz de alcançar esta meta através da divisão do processo em duas etapas. A primeira seria aumentar a densidade dos transístores e a segunda prende-se com a melhoria do embalamento dos mesmos.

Para a primeira etapa, a ASML pretende recorrer à tecnologia nanosheet-FETs combinada com a litografia Ultra Violeta Extrema (EUV). Depois disso, e para chegar aos 1,5 nanómetros, serão necessárias nanofolhas bifurcadas. Para alcançar 1nm será usada a tecnologia CFET – transístor de efeito de campo complementar. E para atingir a marca abaixo dos 1nm, a fabricante holandesa pretende utilizar canais atómicos em 2D.

Previstas inovações também para memórias

Os processadores não são o único foco de inovação da ASML. A empresa também quer evoluir no segmento das memórias NAND, com o objetivo que se consigam módulos com até 500 camadas em 2030. Atualmente esse valor centra-se nas 176 camadas.

Leia também:

Exit mobile version