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AMD regista uma desastrosa queda de 40% no segmento dos processadores para PC

Continuam a chegar as notícias que nos mostram o caos que está a acontecer na indústria tecnológica, especialmente na faturação e vendas de algumas das mais poderosas fabricantes de chips do mundo.

E se até aqui ainda não tinhamos ouvido falar do nome da AMD nestas notícias, agora o caso muda de figura. Isto porque de acordo com os dados revelados pela empresa, esta estima uma significativa queda de 40% no segmento dos processadores para PC.


AMD prevê uma baixa de 40% nos seus processadores para PC

Nesta quinta-feira (6), a AMD revelou os resultados da sua previsão para o terceiro trimestre de 2022. E há vários resultados bons a destacar, nomeadamente uma receita estimada de 5,6 mil milhões de dólares, o que representa um aumento de 29% numa comparação ano-a-ano.

No entanto, a empresa esperava anteriromente que esse montante fosse de 6,7 mil milhões de dólares, ou um aumento anual de 55%, mas este resultado, segundo a AMD, deveu-se sobretudo a uma receita mais fraca do que o esperado no segmento dos clientes. Ou seja, houve uma redução no que respeita aos pedidos e envios de processadores, resultante de um mercado de PCs mais fraco e também às medidas para equilibrar o stock existente nas redes de fornecimento de PCs.

Segundo a tabela divulgada pela AMD, no segmento de Clientes, que envolve PCs para o mercado de consumo e OEMs, a empresa estima arrecadar mil milhões de dólares em receita. E esta estimativa representa uma queda de 53% face ao trimestre anterior e de 40% comparativamente ao mesmo período de 2021.

Por outro lado, o segmento de Data Center, Gaming e Embedded registou um aumento significativo ano-a-ano, de acordo com as expetativas da empresa.

No final do mês de agosto, a AMD lançou os seus novos processadores da linha Ryzen 7000, mas com estes dados já deu para perceber que as vendas não estão propriamente a ser um sucesso. E para compreender esta situação, é preciso também termos em conta a fase económica que o mundo atravessa, nomeadamente a grave inflação e recessão que se espera, a qual já levou mesmo algumas fabricantes de chips a cortar na sua produção.

Para além disso, o excesso de stock de componentes é também um sinal claro de não haver tantas vendas de CPUs para os computadores mais recentes. Segundo as informações, algumas lojas têm nos seus armazéns processadores e outros componentes há mais de 100 dias. Como tal, produtos que não são vendidos significa que o dinheiro está parado e não há necessidade de novas encomendas.

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