Com a chegada do novo ano há poucas horas, a AMD começou de imediato o trabalho com notícias muito positivas. A conquista do mercado em 2019 pela fabricante americana de CPUs foi clara. Como resultado, parece que os novos dados lançados pela empresa PassMark vêm suportar este domínio.
A AMD foi capaz de lucrar imenso com a diminuição de vendas da rival Intel. Embora esta ainda seja a fabricante número um, estreitam-se as diferenças e 2020 poderá ser um ano “duro” no mercado de chips x86.
AMD já cada vez mais pressão à Intel
O aumento de vendas da marca americana tem vindo a crescer exponencialmente desde o lançamento da sua linha processadores Zen 2 em 2017. Esta nova linha de CPUs veio trazer uma alternativa capaz de rivalizar com os principais produtos da fabricante Intel, por uma fração do preço e com a utilização de uma tecnologia de fabricação mais atualizada e eficaz.
Segundo dados avançados agora num relatório da empresa PassMark, a AMD terá conseguido atingir presumivelmente uma quota de mercado de quase 40%, pela primeira vez em 14 anos.
Pelo gráfico partilhado, é possível verificar a AMD com 34.6% de market share no início do ano de 2020, um valor que a marca não obtinha desde 2006.
Processadores Ryzen são os culpados
Assim, verificamos que este crescimento ocorreu praticamente nos últimos 4 anos, consequência do resultado obtido com a venda muito positiva dos seus processadores Ryzen. O maior crescimento situa-se no período ocorrido entre Q2 2019 e Q3 2019, com o aumento de 23.1% para 31.2% de share. Conforme deverão estar lembrados, este salto é uma consequência do lançamento da série de processadores Ryzen 3000.
Contudo, é importante referenciar algumas das limitações dos dados fornecidos pela empresa. Os valores fornecidos baseiam-se exclusivamente no relatório de máquinas que possuam o software da marca e apenas para arquiteturas x86. Igualmente, estando o software habilitado apenas para ser corrido em Windows os restantes sistemas operativos foram deixados de parte desta contabilização de mercado.
Por fim, outro ponto que não é tido em consideração é que os dados em questão envolvem todos os computadores em uso para todo o mercado global. Para um utilizador que opte pela compra de um novo PC com processador AMD, é muito provável que o seu processador antigo Intel permaneça em funcionamento quer por ser vendido, quer por ser passado para outra pessoa chegada.
Esta situação indica que o processo geral de migração é muito lento comparativamente à rapidez de adesão de novos produtos, visto continuar a ser contabilizado uma quantidade elevada de processadores que na realidade já foram “substituídos”, causando alguma interferência nos reais resultados da quota de mercado.