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Estudo: A protecção de privacidade dos wearables ainda é fraca

Sobretudo quando se fala dos dados de saúde.

Depois de terem conquistado o mercado, os wearables vieram para ficar. Existem já inúmeros equipamentos diferentes, disponíveis para todos os gostos, necessidades e carteiras.

Mas, um recente estudo alerta que estes equipamentos têm registado e guardado uma grande quantidade de informações pessoais dos utilizadores, partilhando-as com outras empresas, sem que exista uma lei especifica que controle e regularize esta situação.

Actualmente a maioria das pessoas já está familiarizada com este novo conceito… os wearables, que podem ser definidos como tecnologia de vestir.

Mas pouco se fala da segurança e privacidade destes equipamentos e, um recente estudo revela que, estes, ainda não protegem, como seria de esperar, as informações do utilizador.

O estudo, levado a cabo pelo Center for Digital Democracy e pela School of Communication at American University, conclui que os wearables angariam uma quantidade significativa de dados pessoais dos utilizadores, partilhando-os com outras empresas, o que revela que existe um comprometimento na segurança e protecção da privacidade.

 

O estudo foca-se sobretudo na área da saúde, uma vez que muitos wearables estão configurados para registarem dados nesse sentido, como a nossa alimentação, os nossos exercícios, o nosso sono, as nossas análises, batimentos cardíacos, etc..

Assim, o estudo salienta que as leis existentes na área da saúde não englobam os wearables, ficando estes assim com maior liberdade sobre as informações dos utilizadores.

Many of these devices are already being integrated into a growing Big Data digital health and marketing ecosystem, which is focused on gathering and monetizing personal and health data in order to influence consumer behavior.

Assim, e pela lógica, quanto mais wearables forem vendidos, mais razão existe para serem melhorados, mais pessoas os utilizarão e, desta forma, mais dados serão guardados.

Segundo Jeff Chester, director executivo do Center for Digital Democracy e co-autor do estudo:

Americans now face a growing loss of their most sensitive information, as their health data are collected and analyzed on a continuous basis, combined with information about their finances, ethnicity, location, and online and off-line behaviors. Policy makers must act decisively to protect consumers in today’s big data era.

As leis, nomeadamente na América, ainda são frágeis quanto a este assunto e, enquanto que os utilizadores estão convictos de que os seus dados de saúde estão pretegidos pelo U.S. Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA), na verdade não é isso que acontece com os wearables, uma vez que o HIPAA apenas actua junto de entidades e instituições, ou seja, com médicos e hospitais, como afirma Jeff Chester:

These consumer wearable devices aren’t covered by HIPAA and the marketing that goes on has no protections.

Caso específico do FitBit

No caso das famosas pulseiras fitness FitBit, a empresa tem trabalhado em conjunto com o Center for Democracy and Technology, como forma de melhorar as práticas da proteção de privacidade dos seus wearables. Contudo, a marca também defende que os utilizadores devem igualmente controlar melhor os dados que fornecem.

Segundo um porta-voz da FitBit:

Fitbit is committed to protecting the privacy of our users’ data and the trust of our customers is paramount. It has always been our policy not to sell user data.

O estudo for dado a conhecer a diversas empresas de wearables e, no caso da Apple, ainda não houve qualquer reacção.

O estudo ressalta ainda:

While we need to do everything possible to educate and empower consumers to take control of their personal data, we cannot expect individuals to bear the entire burden of managing their privacy ini the big-data era.

Podem aceder ao estudo na íntegra aqui.

O que pensam desta fragilidade nos wearables?

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