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Drones do Exército para incêndios que custaram 5,8 milhões de euros nunca foram usados

Devido à quantidade de incêndios que costumam fustigar o nosso país, o Exército português adquiriu drones para auxiliarem no combate aos fogos. Os drones começaram a ser comprados em 2017 e custaram 5,8 milhões de euros.

No entanto, os 36 equipamentos comprados pelo Exército nunca foram usados nem solicitados para os incêndios.


Drones do Exército para incêndios nunca foram usados

No final do ano de 2017 o Exército português adquiriu 36 drones aos Estados Unidos da América, que começaram a chegar a Portugal em 2018. O investimento teve um custo de 5,8 milhões de euros e o último drone chegou há cerca de 10 dias.

O objetivo destes dispositivos voadores era fortalecer a capacidade dos militares no combate aos incêndios, através da vigilância dos fogos.

No entanto, tal como avança o Jornal de Notícias, estes drones de quase 6 milhões nunca foram utilizados no combate aos incêndios. De acordo com o Exército, os equipamentos estão a ser usados em missões de vigilância e reconhecimento e normal processo de formação e treino, mas nunca foram usados nem requisitados para detetar fogos.

Os incêndios de 2017 marcaram uma tragédia no nosso país nomeadamente em Pedrógão Grande, e essa foi uma das justificações para a compra dos drones de 5,8 milhões. Os drones foram comprados à AeroVironment via NSPA (central de compras da NATO), mas nunca foram usados como ajuda ao combate a incêndios.

De acordo as informações, nunca a Proteção Civil, a GNR, a ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) ou outras entidades solicitaram os equipamentos. Para além disso, também não estão previstos para uso na estratégia anual de combate a fogos (DECIR) deste ano.

Ao JN Paulo Pinto, dirigente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) disse que é:

Lamentável que o Fundo Ambiental não pague drones para a polícia ambiental, que é o SEPNA, ou para o seu braço operacional, a UEPS.

Para além disso, Paulo Pinto adianta ainda que até pode haver alguma ilegalidade neste processo. Esta opinião foi também partilhada por Carlos Silva da Fénix, a Associação Nacional de Bombeiros e Agentes da Proteção Civil.

Mas mesmo assim, o Governo pretende ainda investir mais 4,5 milhões de euros na aquisição de mais 12 drones para a Força Aérea do nosso país.

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