Análise: Xiaomi Mi 4, um smartphone de topo e cheio de classe

A Xiaomi é actualmente uma marca com uma dimensão considerável e ainda em franco crescimento. Está a atacar em várias frentes e a construir o seu império, colocando no mercado produtos de topo a preços mais acessíveis.

O smartphone Xiaomi Mi 4 é o dos motivos de orgulho da marca. Um smartphone de gama alta mas ao preço da gama média, com excelente qualidade de construção, bons acabamentos, bom suporte e um desempenho de topo. Conheça-o melhor na nossa análise e saiba como adquirir um Xiaomi Mi 4, de proveniência fiável e ao mais baixo preço.

A China continua a alastrar-se no mercado dos smartphones e a qualidade dos seus produtos, mesmo os de baixa gama, começa a interferir com a oferta dos maiores e mais prestigiados fabricantes. A Xiaomi destaca-se da maioria dos fabricantes chineses e os seus produtos demonstram qualidade, cuidado, requinte e funcionalidade, seja lá qual for a proveniência da inspiração.

Depois de algumas semanas de teste, o feedback é bastante positivo a todos os níveis, onde este smartphone surpreendeu pela positiva.

 

1 – Características Gerais

O Xiaomi Mi 4 testado é o modelo de 16 GB de memória interna, na cor branca. Tem uma estrutura interna metálica assim como todo o friso, com acabamentos de qualidade. A capa traseira é de plástico que, embora também aparentemente de qualidade, ganha micro-riscos com facilidade.

Tem um ecrã IPS de 5″ com resolução FullHD. O SoC é o Qualcomm Snapdragon 801, Quad-core a 2.5 GHz e o GPU Adreno 330 em conjunto com uns fantásticos 3 GB de memória RAM. Se é demais? Não, memória RAM nunca é demais!

As câmaras têm sensores Sony, sendo a traseira de 13MP e a frontal de 8MP, ambas de abertura f1.8. A traseira suporta gravação de vídeo em 4K. A bateria é de 3080mAh e não é removível. Não tem slot para cartão microSD e não tem NFC.

Quanto ao package, na caixa do Xiaomi apenas vem o cabo USB, o carregador, o guia rápido de utilização em chinês e o clip para remoção do encaixe para o cartão micro-SIM. No entanto, se for adquirido na HonorBuy, juntamente com o smartphone são fornecidos alguns acessórios como uma capa para o smartphone, película para o ecrã, carregador para automóvel, mini stylus e adaptador de energia europeu para o carregador.

 

2 – Hardware e Design

O Xiaomi Mi 4 apresenta uma construção robusta, com uma estrutura totalmente metálica que se estende até à moldura lateral, trazendo elegância acrescida ao smartphone. A capa traseira, não removível, é brilhante, tem boa aparência e demonstra qualidade, sem apresentar folgas, no entanto, o seu verniz pode ganhar riscos com alguma facilidade. Os acabamentos cuidados e a elegância de todo o equipamento fazem esquecer completamente a ideia pré-concebida sobre a qualidade dos equipamentos vindo da China, criada por equipamentos de preço muito reduzido mas com péssima qualidade.

Na verdade, este Xiaomi Mi 4 parece ter sido muito mais inspirado nos smartphones da Samsung em termos de design do que propriamente na Apple, como já tantas vezes se ouviu falar. Além da capa traseira ser muito semelhante à do Galaxy S3, as laterais fazem lembrar os recentes Galaxy Alpha e Galaxy Note 4.

A espessura e o peso estão bastante harmonizados, especificamente, o Mi 4 pesa 149 grama e tem dimensões de 139,2 x 68,5 x 8,9 mm.

Na lateral direita estão incluídos todos os botões físicos do smartphone: em cima, o de Volume, logo a seguir o de Power. Na lateral esquerda encontra-se o slot para o cartão micro-SIM.

Em cima encontra-se a entrada para os auriculares, com jack de 3.5 mm e o emissor de infravermelhos. Em baixo vem o altifalante e a entrada micro USB.

O ecrã IPS de 5 polegadas é fantástico no que toca à resistência a dedadas e gordura, algo que já havíamos detectado em smartphones Huawei (concretamente no Huawei Ascende Mate 7), sendo esta a mesma tecnologia. O ecrã não tem protecção Corning Gorilla Glass 3 mas sim a tecnologia OGS juntamente com Corning Concore, com maior capacidade oleofóbica (anti-dedadas).

A resolução FullHD, de 1080 x 1920 píxeis num ecrã IPS, é perfeitamente adequada onde a densidade de 441 píxeis por polegada não permite sequer distingui-los a olho nu, sendo todos os contornos todos bastante suaves e definidos. A intensidade de brilho é também ela adequada e suficiente para uma leitura com luz directa.

Em baixo no ecrã vêm incluídos os botões tácteis de Menu, Home, Retroceder e ainda o LED RGB de notificações, colocado de forma muito discreta. Na parte superior estão os sensores de luminosidade e de proximidade, o altifalante de chamadas e a câmara de 8 megapíxeis.

Na parte traseira está o microfone de gravação em stereo, a câmara de 13 megapíxeis e o flash LED.

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3 – A interface do Xiaomi Mi 4 em vídeo

 

4 – MIUI 6.0

O Xiaomi Mi 4 é fornecido originalmente com a versão MIUI 5.0 mas poderá fazer o upgrade para a versão mais recente e que aqui vai ser referida, a versão 6.0.

Na versão disponibilizada no site oficial, não estão incluídas as aplicações Google e todo o smartphone está preparado para ser utilizado com os recursos da Xiaomi, a partir de um Mi ID (que deve ser criado). Esses recursos passam por um conjunto de serviços associados à Mi Cloud (ver mais abaixo), todo o histórico da pulseira MiBand, MiMarket, serviços de vídeo e música, etc.

Para que possa utilizar os recursos Google deve instalar um agregador de apps Google a partir do MiMarket e depois instalar os recursos Google que pretende. De outra forma, pode recorrer à comunidade MIUI Portugal e utilizar o trabalho aí disponibilizado.

Em todo o caso, brevemente será publicado um artigo com todas as instruções necessárias para o upgrade do MIUI e a instalação do idioma português.

Para o caso de ser um utilizador mais entusiasta, todas as sextas-feiras é disponibilizada uma nova versão na build Developer.

 

Interface

A interface MIUI, para quem não a conhece, sempre foi muito ao estilo do iOS. Não é uma cópia “às cegas” mas sim um aproveitamento do melhor que existe no iOS, juntando todas as virtudes da interface e funcionalidade do Android.

O aspecto em geral é bastante limpo e cuidado. Nos homescreens estão presentes todas as aplicações existentes no smartphone, não havendo um local onde estão todas as aplicações listadas, tal como acontece no iOS ou nos dispositivos Huawei, por exemplo. A organização das aplicações terá de ser feita nos homescreens, podendo obviamente recorrer a pastas onde podem ser colocadas aplicações (arrumadas por tipo, por exemplo).

As transições são muito fluídas, suaves e a interacção é bastante intuitiva, simplista e prática. A partir de qualquer homescreen, para iniciar uma pesquisa basta fazer um movimento ascendente e surge imediatamente o teclado e a caixa de pesquisa, sendo apresentados resultados de tudo ao que o smartphone tem acesso. Já um movimento descendente faz abrir o painel de notificações.

Quanto ao tipo de notificações, é possível escolher para que surjam apenas no painel de notificações, ou então numa barra a partir do topo do ecrã, durante alguns segundos, onde é possível clicar e abrir a respectiva aplicação.

Todas as outras aplicações, como telefone, mensagens, relógio, tempo, calendário, email, etc, apresentam um design diferente do típico Android, perfeitamente alinhado com a interface MIUI 6. Há muito trabalho gráfico envolvido, onde tudo é apresentado com qualidade apropriada à resolução do ecrã, que resulta numa agradável experiência de utilização.

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Aplicações e Funcionalidades

A interface MIUI não é mais uma igual a todas as outras. Há um conjunto de funcionalidades que, por não estarem disponíveis em grande parte dos dispositivos Android, valem a pena ser destacadas e explicadas sucintamente.

• Restrição do tipo de dados em utilização: porque nem todas as aplicações têm as mesma importância no acesso à rede de dados, móvel ou Wi-Fi, é possível restringir o acesso a cada uma dessas redes independentemente, por aplicação. Isso permite fazer uma poupança significativa no plafond de rede de dados móvel, que tipicamente é bastante limitado.

• Além disso, é ainda possível utilizar um modo Economizador de dados que recorre à tecnologia Opera Max, onde os dados são solicitados a um outro servidor que por sua vez optimiza todos os conteúdos para que a poupança seja ainda maior.
• Visualizar notificações de forma independente: no típico Android, as notificações surgem apenas na barra de notificações e os ícones das aplicações respectivas ficam inalterados. No caso da Samsung, por exemplo, apenas aplicações como Telefone ou Mensagens mostram o número de notificações num indicador sobre o ícone dessas aplicações.

  Já no MIUI isso funciona de forma diferente e todas as aplicações podem mostrar o número de notificações correspondentes por meio de um indicador sobre o seu ícone. Dessa forma, enquanto é feita uma navegação pelos homescreens, é possível observar imediatamente quais as aplicações que têm notificações.

• Integração do sistema com a Mi Cloud: a Mi Cloud é uma solução de sincronização alternativa à conta Google, capaz de sincronizar os mais variados tipos de dados como contactos, SMS, fotos, registo de chamadas, notas, música, entre outros. Permite ainda fazer backups do sistema e armazenar outros tipos de ficheiros.

• Desbloqueio com recurso a dispositivo Bluetooth: utilizando a Mi Band, uma pulseira de baixo consumo para monitorização de actividade desportiva, sono e notificação de chamadas e alarmes, é possível desbloquear automaticamente o smartphone desde que ambos estejam próximos. No caso de a pulseira não estar ao alcance do smartphone, então será necessário introduzir um padrão para desbloquear o smartphone. A análise da Mi Band será apresentada brevemente.

 

Desempenho

São vários os smartphones no marcado que possuem o mesmo SoC do Xiaomi Mi 4, o Qualcomm Snapdragon 801 Quad-core 2.5 GHz com GPU Adreno 330 GPU, onde aliado a 3 GB de RAM possui uma das melhores combinações do mercado. O desempenho é bastante bom, não havendo quebras de velocidade nem lentidão em qualquer que seja a tarefa.

O Mi 4 tem um ecrã 1080p, o que significa que estará em vantagem para com os modelos com ecrã UltraHD, já que o conteúdo a processar é de menor resolução.

O desempenho encaixa-se no esperado, bastante próximo dos smartphones equivalentes.

Sendo a estrutura interna toda em metal, nos momentos de maior carga o aquecimento é notório, essencialmente na zona superior do smartphone, mas nada fora da normalidade. Após correr várias vezes seguidas o mesmo benchmark, foi possível notar uma ligeira quebra nas pontuações obtidas, o que pode indicar que o desempenho esteja a ser comprometido pela temperatura mais elevada. A diferença é mínima, atingindo no máximo uma redução de 5%, no entanto, não é preocupante.

 

5 – Câmara e Som

O Xiaomi Mi 4 vem equipado com uma câmara principal de 13 megapíxeis com foco automático e duplo flash LED, com capacidade de gravação de 4K, já a câmara frontal vem com 8 megapíxeis e uma capacidade de gravação de vídeo até 1080p a 30fps, ambas com sensor Sony IMX214 e IMX219PQ respectivamente.

Em termos de funcionalidades, além das básicas que se encontram em qualquer smartphone, como a geo-referência, foco manual, detecção de rosto e sorriso, panorama, HDR, as câmaras contam ainda com uma funcionalidade curiosa de detecção da idade e sexo através do rosto de quem está a ser capturado.

A velocidade de disparo é muito boa e precisa. Em situações de iluminação mais deficiente a qualidade não impressiona mas não se deixa envergonhar, face à concorrência.

Em ambientes de luz abundante, ou mesmo em situações de exagero como luz directa do sol, a câmara do Mi 4 demonstra ser capaz de lidar com isso e de capturar uma imagem bastante rica e equilibrada.

Quanto ao vídeo, a capacidade de gravação em 4K não traz, aparentemente, grande vantagem no detalhe face ao FullHD, no entanto para situações mais específicas pode ser um funcionalidade determinante.

No botão abaixo pode fazer o download de um conjunto de imagens e vídeos que exemplificam e demonstram os resultados da câmara do Mi 4.

Fotos e vídeos do Mi 4 [300 MB]    

Um ponto negativo a assinalar neste smartphone prende-se com a reprodução de som que não impressiona, quer pela intensidade máxima atingida quer pela localização do altifalante e, obviamente, pela ausência de altifalantes stereo.

 

6 – Autonomia

A autonomia dos equipamentos móveis continua a ser o seu grande calcanhar de Aquiles. Com uma capacidade de 3080 mAh, talvez fosse expectável que conseguisse durar 2 dias sem problemas, no entanto, uma utilização um pouco mais intensa faz com que isso não seja possível.

Os modos de poupança existentes permitem gerir muito bem os últimos electrões disponíveis mas isso fará com que o utilizador quase seja obrigado a abdicar dos recursos que mais energia consomem, isto claro, se estiver longe de um cabo micro USB.

Com a minha utilização normal, que inclui brilho automático, 3G, Wi-Fi e Bluetooth sempre ligados, algumas dezenas de minutos de chamadas, e um pouco de tudo mais (excepto jogos), faz-me chegar ao final do dia com cerca de 50% de carga, o que coloca de fora a possibilidade de atingir com segurança os 2 dias de autonomia. No entanto, considerando o poder deste smartphones, posso considerar a autonomia como sendo muito boa.

Em relação à diferença de autonomia entre utilizar o perfil de desempenho Balanceado e Performance, não são notórias diferenças evidentes. Ao utilizar o perfil Performance é possível notar maior fluidez em geral, contudo, isso não se traduz na perda de autonomia.

 

7 – Veredicto

Fiquei mais surpreendido do que esperava. Depois de testar smartphones como Galaxy S5, LG G3, Huawei Mate 7 e Xperia Z3, o Xiaomi Mi 4 foi uma agradável surpresa e não fica nada atrás dos que referi.

O ecrã é bastante equilibrado na reprodução de cores e o brilho é suficiente para uma leitura com incidência directa do sol. O tamanho do ecrã, de 5″, enquadra-se no tamanho que considero óptimo. Os seus bons acabamentos, a boa aparência e as especificações incluem tudo o que a actualidade exige de um flagship, mas neste caso a um preço bastante mais apetecível de cerca de 340€.

Não possui slot para cartão micro SD, o que pode ser um ponto fraco para quem faz questão de o utilizar. Em todo o caso, existe uma versão de 64 GB por cerca de $100 a mais. Também não possui NFC mas, dada a baixa popularidade dessa tecnologia, não considero isso como um ponto fraco. Ainda não está disponível uma versão LTE e não há certezas de quando estará, no entanto também não vejo isso como um factor determinante, embora que, dependendo do tipo de utilização, possa ser apetecível.

Se pondera a aquisição deste smartphone, então estou certo em recomendar que o faça e, com toda a certeza, não ficará desiludido.

Aspectos positivos

• Boa qualidade de construção
• Desempenho muito bom, aliado à autonomia
• Excelente relação qualidade/preço
• Interface MIUI
• Câmaras

Aspectos negativos

• Intensidade de som e localização do altifalante
• Não tem cartão microSD nem rede LTE
• Não inclui auriculares

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Voucher exclusivo Pplware: desconto de $10

Dada a excelente qualidade existente nos produtos Xiaomi e a actual escassez de oferta desses produtos em Portugal, o Pplware procura facilitar a tarefa aos seus leitores e recomendar assim um local de confiança onde podem ser adquiridos produtos Xiaomi, na HonorBuy. O envio é feito a partir da União Europeia, ficando assim totalmente isento de taxas alfandegárias.

A loja online HonorBuy está a oferecer um voucher de $10 (cerca de 8€) exclusivo para leitores Pplware. Numa compra superior a $100, com destino para Portugal, basta adicionar o código PPLWARE e o desconto será feito imediatamente.

Caso esteja interessado num smartphone Xiaomi Mi 4 de 16 GB, o preço final é de cerca de 340€. Se precisar de algum esclarecimento quando ao processo de compra, não hesite em deixar a questão nos comentários.

Xiaomi Mi 4