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Análise: Microsoft Surface Pro 2

Depois do unboxing aqui apresentado, eis que chega a altura de mostrarmos um pouco mais do Microsoft Surface Pro 2.

A ideia de um tablet mais próximo de um computador foi mais uma vez melhorada pela Microsoft neste novo modelo Surface. Na mesma linha do seu antecessor, Surface Pro, com este novo equipamento a Microsoft prometeu melhor desempenho e maior autonomia… e cumpriu!

O Surface RT foi o primeiro a dar vida a esta nova geração de tablets, sendo revelado ao mundo há mais de um ano. Mas esta nova geração veio limitada, a robustez do equipamento exigia algo mais do que a sua função de tablet, daí surgir logo depois o Surface Pro, um dispositivo com um sistema operativo completo como o do PC e com a portabilidade de um tablet.

Mas como “quando a raça é boa há que apurá-la”, a Microsoft lançou o Surface Pro 2. Confira as potencialidades deste equipamento.

1. Design e características gerais

Em relação ao design, quem já teve a oportunidade de conhecer o Surface Pro não vai encontrar nenhuma diferença aparente, mas a diferença, por pequena que seja, existe e confere ao equipamento algumas vantagens em termos de ergonomia.

De uma forma geral os botões físicos, Power e Volume, e as portas para ligações externas, USB 3.0, leitor de cartões microSDXC, Mini DisplayPort, auscultadores e porta da capa com teclado, mantém-se inalteradas relativamente ao modelo anterior. Em relação à única porta USB que já tinha sido apontada como um ponto negativo na versão anterior, continua a não se compreender esta limitação, pois obriga à utilização de adaptadores em caso de necessidade de utilizar mais do que uma ligação. De facto poderá parecer estranho ter 2 portas USB num tablet, mas o que é certo é que o Surface Pro 2 tem as capacidades de um verdadeiro e completo computador portátil, daí esta eventual necessidade.

Para das características referidas, ainda traz as ligações Wi-Fi (802.11a/b/g/n), Bluetooth 4.0 de baixo consumo e sensores como acelerómetro, giroscópio e magnetómetro.

As câmaras traseira e frontal gravam ambas em HD a 720p, o que não deixa de ser uma desilusão, já que em nada evoluíram desde o Surface RT.

Ao lado da câmara frontal encontra-se o sensor de luminosidade e junto à câmara traseira o microfone. Já o som, reproduzido em stereo, é excelente para este tipo de equipamento e aliado ao ecrã em Full HD é ideal para ver um bom filme.

O tamanho do equipamento é coisa que também se vem mantendo, tal como o peso de aproximadamente 900 grama. Este peso é ligeiramente desconfortável se pensarmos no Surface Pro 2 como um tablet, mas visto como um computador é um peso fantástico, principalmente se pensarmos no hardware que contém.

O ecrã Full HD mantém-se nas 10.6 polegadas com uma resolução de 1920×1080 píxeis, contudo foi ajustado e oferece uma melhor precisão de cores que são agora mais brilhantes e nítidas e o maior ângulo de visão é um dos aspectos mais positivos deste equipamento. Em ambiente com muita luz, nomeadamente ao sol, se o brilho for ajustado no máximo a imagem continua nítida, contudo é bastante espelhado e em algumas situações pode tornar-se desconfortável.

Como já foi referido, existem pequenas diferenças entre este modelo e o anterior. A mais visível é meramente estética: ao invés do logótipo da Microsoft na traseira, este modelo traz inscrita a marca “Surface” o que confere um ar mais elegante ao modelo.

A outra diferença que representa uma verdadeira melhoria em termos ergonómicos prende-se com o Kickstand que traz pela primeira vez duas posições, melhorando o ângulo de visão e adaptando-se de melhor forma às várias situações onde pode ser utilizado. Seja no colo ou na secretária é possível definir a posição mais confortável para trabalhar ou simplesmente para ver um filme com o melhor ângulo possível, entre duas escolhas possíveis.

A estrutura em magnésio VaporMg com uma cor titânio escuro é bastante susceptível a pequenos riscos e marcas de dedos, difíceis de limpar. Além disso, de repente a tinta que pinta a palavra “Surface” inscrita na traseira do equipamento começou a ganhar pequenas bolhas, sem qualquer explicação aparente já que, aquando do seu aparecimento, não foi exposto nem ao sol nem a mais nenhuma fonte de calor directa.

Se o aquecimento excessivo era um ponto fraco do Surface Pro, neste o aquecimento é bastante normal mesmo em condições extremas, tal como foi testado quando foram corridos os testes de desempenho.

Especificações

  • Software: Windows 8.1 Pro
  • Dimensões: 274 x 173 x 13,5 mm
  • Peso: 900 g
  • Estrutura: VaporMg
  • Cor: Titânio escuro
  • Botões físicos: Volume, Power
  • Memória e Armazenamento: 4 GB de RAM > 64 e 128GB; 8 GB de RAM > 256/512 GB
  • Ecrã: Ecrã ClearType Full HD de 10,6″
  • Resolução: 1920 x 1080 píxeis
  • Proporção: 16:9 (ecrã panorâmico)
  • Toque: Multitoque de 10 pontos
  • CPU: Processador Intel® Core™ i5 de 4.ª geração
  • Rede sem fios: Wi-Fi (802.11a/b/g/n); tecnologia Bluetooth 4.0 de Baixo Consumo
  • Bateria: Autonomia 7-15 dias em inactividade
  • Câmaras: HD de 720p (frontal e traseira)
  • Som: Microfone e altifalantes em stereo
  • Portas: USB 3.0; Leitor de cartões microSDXC; Mini DisplayPort; Auscultadores; capa
  • Sensores: Luminosidade; Acelerómetro; Giroscópio; Magnetómetro

Índice

  • Página 1
    • 1. Design e características gerais
  • Página 2
    • 2. Os acessórios
    • 3. Software e Hardware em combinação perfeita
  • Página 3
    • 4. Câmaras
    • 5. Autonomia
    • 6. Avaliação de desempenho
    • 7. Preços
    • 8. Veredicto

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2. Os acessórios

Como se pretende que o Surface Pro 2 seja muito mais que um tablet, é necessário adicionar-lhe alguns acessórios que o tornem num verdadeiro computador.

A caneta é o único acessório, além do carregador, que vem incluído na compra deste equipamento. Em ambiente de trabalho normal, como utilizar o Office ou navegar na Internet, a caneta não tem grande utilidade, contudo, para copiar texto ou seleccionar qualquer opção que seja minimizada pela resolução do ecrã, até se poderá revelar útil quando não existe um rato ligado ao Surface.

Para tirar notas rápidas a caneta tem alguma utilidade e o reconhecimento de letras e palavras escritas “à mão” é fantástico. E depois as outras características que apresenta em modo de desenho também são interessantes, como a utilização da parte de trás como borracha, como se de um lápis a carvão com borracha se tratasse. A ligação magnética utilizada para o carregamento da bateria serve também para a colocação da caneta, mas em transporte, qualquer toque poderá leva-la ao chão.

Um dos acessórios disponibilizados para a análise foi a capa táctil 2, porém há que ter em conta que nem ela nem nenhuma outra vem incluída no preço do Surface Pro 2, e esta, em particular, custa “apenas” €124.99.

A capa tem também ela ligação magnética ao Surface e, tal como o nome indica, serve de capa e de teclado em simultâneo. Além disso, esta capa táctil vem iluminada, o que é sem dúvida uma grande vantagem face à versão anterior, maximizando a utilização do Surface a qualquer ambiente.

Como funcionalidade de capa é excelente, já que protege todo o ecrã e evita que se pouse o Surface com a traseira em superfícies que podem não estar limpas, minimizando os pequenos riscos que daí advêm. Como teclado deixa alguns pontos a desejar.

Sempre que o teclado está apto para escrever a iluminação é activada, contudo quando entra em stand-by demora uns décimos de segundo a acordar. Pela experiência que tive, cada vez que queria retomar a escrita, até que começassem a aparecer letras no ecrã lá ficavam sempre 3 ou 4 letras perdidas.

Apesar de ao início parecer estranha a escrita num teclado “sem teclas” a adaptação é bastante rápida. Ao que não me consegui adaptar foi ao touch-pad que inclui. Além de responder muito mal ao deslizar do dedo, os seus botões não funcionam em toda a sua superfície, funcionando apenas em pontos específicos.

Na sua utilização, era obrigada por diversas vezes a desligá-lo e voltar a ligar à conexão magnética, sem conseguir perceber se existia algum factor específico para tal acontecer.

Esta capa táctil é feita numa espécie de veludo que aparenta poder desgastar-se facilmente com a utilização.

 

Outros acessórios disponíveis

A Microsoft desenvolveu uma série de outros acessórios que pretendem maximizar a utilização de qualquer Surface.

Entre a panóplia de acessórios disponíveis, existem capas tácteis coloridas, sem iluminação pelo preço de €79.99, ou capa teclado 2, também iluminada e disponível em várias cores ligeiramente mais cara que a táctil 2. Para 2014, a empresa já tem pronta a capa teclado com bateria, com o objectivo de aumenta a autonomia do equipamento.

Para trabalhar de forma permanente na secretária, estará disponível em 2014 um acessório denominado de Doca de Carregamento que permite a ligação de vários periféricos em simultâneo ao Surface, já que disporá de uma porta USB 3.0 e três portas USB 2.0, uma Mini DisplayPort para ligar um ecrã, e ainda um ponto para carregamento de bateria. Esta estação custará €204.99.

Depois existem outros acessórios, como ratos, fontes de alimentação e uma série de adaptadores e capas para transporte.

Como durante a análise utilizei o Surface para trabalhar diariamente na minha secretária, vi-me obrigada a abdicar da capa táctil e recorrer a um HUB USB para ligar o rato e o teclado em simultâneo.

 

3. Software e Hardware em combinação perfeita

Se em termos de design não se assistiu a uma grande evolução face ao modelo anterior, em termos de hardware as melhorias foram significativas com a passagem do processador Intel Core i5 de 3ª geração para a 4ª geração, bem como da placa gráfica Intel HD Graphics 4000 para a mais recente 4400.

Esta alteração reflectiu-se essencialmente na melhoria significativa de dois aspectos, a autonomia do equipamento e a melhoria do desempenho.

Quando ligamos o equipamento, em cerca de 10 segundos está pronto para explorar.

A interface é semelhante à de qualquer PC com Windows 8 ou 8.1, onde é possível ter um menu de início com uma série de aplicações ajustadas às preferências e necessidades de qualquer utilizador, explorar todas as aplicações instaladas ou usufruir do normal ambiente de trabalho usual do Windows.

O Surface Pro 2 traz com ele instaladas uma série de aplicações úteis, como são as de gestão de e-mail, de contactos, tarefas e mesmo de notícias. Depois na Loja Windows existe um grande número de aplicações gratuitas que complementam as necessidades de cada um. Todas estas aplicações estão em harmonia com a maioria das conta de e-mail, redes sociais, ou principais meios de informação nacionais e internacionais.

Relativamente à aplicação destinada à gestão de contas de e-mail, esta permite a ligação de várias contas em simultâneo. Apesar de funcionar bem com várias contas, para mim não há nada como geri-las online directamente do Gmail ou Outlook. O mesmo se passou com a app do Facebook: além da interface de ambas não ser muito apelativa, a actualização de notificações não é feita de forma automática quando é vista noutro dispositivo ou mesmo no browser.

A execução de várias aplicações em simultâneo não interfere de modo nenhum com o desempenho do Surface Pro 2 e mesmo em alto desempenho não se ouve qualquer ruído. Além disso, é possível dividir o ecrã e executar várias aplicações lado-a-lado, sem limitações do sistema ao número de aplicações em execução. As limitações ficam-se pela utilidade que o utilizador quer dar às aplicações.

O ambiente de trabalho funciona normalmente como em qualquer PC com Windows 8.1. No entanto, quando são executados alguns programas que não estejam preparados para a resolução do ecrã, ficam desfocados ou extremamente pequenos para trabalhar, já que se trata de um ecrã FullHD de menos de 11 polegadas.

O Office 2013 vem mais uma vez perfeitamente integrado no Surface, ainda que em versão trial. O Office 2013, tal como é conhecido, vem acrescido com opções destinadas à utilização táctil, nomeadamente a adaptação da interface aos dedos, aumentando o espaço entre os botões. Depois com a caneta podem tirar-se apontamentos sobre o texto, sublinhar ou destacar algum ponto importante.

O teclado virtual do Surface Pro 2 pode ser utilizado em 3 modos diferentes: o modo normal tipo QWERTY, melhor para escrever com o Tablet na horizontal, um modo com o teclado dividido ao meio com a numeração ao meio, ideal para escrever com os dois polegares na vertical (este teclado seria útil não fosse o peso do Surface), e um modo indicado para escrever “à mão”, reconhecendo na perfeição as caligrafias mais difíceis e adaptando as palavras tendo em conta o dicionário utilizado.

Índice

  • Página 1
    • 1. Design e características gerais
  • Página 2
    • 2. Os acessórios
    • 3. Software e Hardware em combinação perfeita
  • Página 3
    • 4. Câmaras
    • 5. Autonomia
    • 6. Avaliação de desempenho
    • 7. Preços
    • 8. Veredicto

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4. Câmaras

As câmaras gravam ambas em HD a 720p, tal e qual como o primeiro Surface, o RT. Se a intenção da Microsoft tem vindo a ser melhorar de modelo para modelo, incluir uma câmara que gravasse em Full HD e que tirasse umas fotos com maior qualidade, talvez não fosse mal pensado.

Contudo, não confundindo um tablet com uma máquina fotográfica, as câmaras são excelentes em vídeo-chamada.

Veja alguns exemplos de fotos:

 

5. Autonomia

Com este tablet/PC um dia de trabalho fica garantido sem necessidade de andar com carregadores atrás. Durante cerca de 7 horas foi possível ficar agarrada ao Surface a trabalhar normalmente, sempre com Wi-Fi ligado e luminosidade a 50%.

A ver um filme em HD de 90 minutos, desta vez com Wi-Fi desligado, para não haver perturbações com e-mails a chegar ou conversas no chat, e com a luminosidade automática, foram consumidos cerca de 20% da energia da bateria, o que releva que em vídeo o consumo energético seja bastante semelhante à primeira situação descrita, a rondar as 7 horas para o consumo total da bateria.

O carregamento total da bateria é feito em cerca de 3 horas e se o Surface for utilizado apenas para pequenas tarefas como gestão do e-mail e das redes sociais, alguns minutos de navegação na Internet ou mesmo a leitura diária do Pplware.com, a bateria pode durar à vontade 4 a 5 dias.

 

6. Avaliação de desempenho

O Surface Pro 2 está longe de ser uma máquina para jogos de última geração ou uma estação de produção exigente, no entanto tem capacidades ao nível dos ultrabooks mais recentes e não desaponta na maioria das tarefas.

Um benchmark feito no PCMark 8 atribui-lhe uma pontuação global de 2970 marks que o coloca numa posição bastante confortável em termos de desempenho, tendo em conta todas as suas características.

Para ver detalhadamente as pontuações obtidas no nosso benchmark, pode recorrer ao endereço abaixo.


Benchmark PCMark 8: Microsoft Surface Pro 2

 

7. Preços

O preço do Surface Pro 2 vai depender da memória de armazenamento interno pretendida. Os preços praticados são:

Incluídos nestes preços estão a caneta, 200GB de armazenamento adicional na SkyDrive durante dois anos e chamadas ilimitadas durante um ano no Skype para telefones fixos em mais de 60 países.

O que não vem incluído e que no meu ponto de vista é imprescindível para usufruir ao máximo do Surface Pro 2 é um dos teclados pois além da função de capa, é essencial para utilizar o equipamento como PC. Assim sendo, é necessário acrescer aos preços a cima indicados mais uns cento e poucos euros.

A Mini DisplayPort poderá obrigar à compra de um adaptador para ligar o Surface a um monitor. A única porta USB a mesma coisa, para o caso de querer ligar em simultâneo mais do que um dispositivo que dela necessite.

 

8. Veredicto

De uma forma geral, o Surface Pro 2 é um equipamento bastante satisfatório. Sem dúvida que a portabilidade e autonomia deste equipamento representam dois dos pontos mais favoráveis.

A rapidez na execução de tarefas, a facilidade com que se trabalha no Windows 8.1 e a possibilidade de executar tarefas no ambiente de trabalho a que a Microsoft nos habitou são vantagens que distinguem este de qualquer outro tablet, ainda para mais quando permite instalar qualquer programa, tal como um verdadeiro PC.

Na verdade, referir o Surface como um tablet é minimizá-lo. Até porque como tablet ele é muito pouco prático, 900 gramas não são para um tablet.

A portabilidade que se espera dar ao Surface Pro 2 continua, desde os primeiros Surfaces, a estar limitada pela falta de GPS ou ligação 3G.

O facto de estarmos perante um Tablet/PC coloca-o como um dispositivo ideal para levar em qualquer viagem de trabalho ou lazer, ver filmes, fotos ou simplesmente jogar e passar algum tempo na Internet. Contudo, devido aos €899 do Surface Pro 2 de 64GB não incluírem nenhuma das capas/teclado poderá elevar o preço do equipamento para os 1000 ou mais euros, já que um teclado neste tablet é essencial.

 

Aspectos positivos

 

Aspectos negativos

O Pplware agradece à Microsoft o comodato do Surface Pro 2 para esta análise.

Microsoft Surface Pro 2    

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  • Página 1
    • 1. Design e características gerais
  • Página 2
    • 2. Os acessórios
    • 3. Software e Hardware em combinação perfeita
  • Página 3
    • 4. Câmaras
    • 5. Autonomia
    • 6. Avaliação de desempenho
    • 7. Preços
    • 8. Veredicto

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