Falar em criptomoedas é falar em Bitcoin, mas também é falar em energia. Quando se fala em criptoativos, além da sua valorização ou desvalorização, o conceito de eficiência energética da mineração está sempre associado e os “rumores” dizem que as criptomoedas não são amigas do ambiente.
Um novo estudo afirma que a Bitcoin é mais eficiente em termos energéticos do que o sistema de pagamento existente. Conheça os dados.
Bitcoin consome 56 vezes menos energia do que o sistema clássico
Em abril a eficiência energética da mineração de Bitcoin aumentou 6% no primeiro trimestre. Ao contrário do que se vai lendo pela internet, a Bitcoin parece estar no caminho de ficar mais sustentável. Para ajudar na validação desta afirmação, um novo artigo que apareceu no SSRN, intitulado Bitcoin: Cryptopayments Energy Efficiency, afirma que a Bitcoin é energeticamente eficiente quando comparado ao sistema de pagamento eletrónico clássico.
O autor do artigo refere mesmo que os críticos não comparam o uso de energia do Bitcoin com o da rede de pagamento eletrónico existente com a qual interagimos ao enviar dinheiro entre contas bancárias.
No resumo do seu artigo, Michel Khazzaka refere que…
Demonstramos que a Bitcoin consome 56 vezes menos energia do que o sistema clássico e que, mesmo no nível de transação única, uma transação PoW prova ser 1 a 5 vezes mais eficiente em termos de energia
Khazzaka afirma que uma única transação na rede Lightning (protocolo foi desenhado para melhorar a escalabilidade da Bitcoin) torna a criptomoeda 194 milhões de vezes mais eficiente em energia quando comparado a um pagamento clássico e um milhão de vezes mais eficiente do que uma transação de pagamento instantâneo.
De acordo com os dados do artigo, o uso total de energia do sistema de pagamento clássico é de 4.981 TWh/ano, suporta 3,14 trilhões de transações por ano e usa 1,58 kWh por transação. Bitcoin sem Lightning tem um consumo total de energia de 88,95 TWh/ano, pode fazer 133 milhões de transações por ano e usa entre 460 e 653 kWh por transação.