A mobilidade está a evoluir e a tornar-se cada vez mais inteligente, de forma a facilitar o quotidiano dos cidadãos. Nesse sentido, uma fabricante canadiana de automóveis está a desenvolver um carro autónomo com uma particularidade inesperada, mas que, tendo em conta a atualidade, poderá fazer o seu sentido.
Enquanto está estacionado, a promessa da fabricante é que pode minerar criptomoedas.
O aumento da potência computacional exigida pelo desenvolvimento dos carros elétricos potencializa-os, abrindo novas oportunidades. Com isto em mente, o CEO da fabricante de automóveis Daymak, Aldo Baiocchi, está a desenvolver um novo carro autónomo que pode minerar criptomoedas enquanto está estacionado.
A promessa, de nome Spiritus, é de tal forma arrojada que, de acordo com um comunicado de imprensa, a fabricante já ultrapassou os 350 milhões de dólares em pré-encomendas. Claro que, como método de pagamento, os clientes podem recorrer à Cardano, Ethereum e Doge.
O CEO pensa na criptomoeda como um mercado visionário e orientado para o futuro. Aliás, considera que, quando o carro elétrico da sua empresa for lançado, “estaremos no meio de uma revolução da blockchain”. Por essa altura, o Spiritus poderá marcar o início de uma mudança radical em toda a indústria automóvel.
Todos estarão a pagar com criptomoedas até lá, e estamos a construir estes carros com isso em mente.
Nem tudo são rosas para os carros do futuro
Para o vice-diretor de Iniciativas Mundiais de Inteligência Artificial da NVIDIA, Keith Strier, “a ideia tem um potencial tremendo, porque não estamos a olhar para milhares, mas para dezenas de milhões de supercomputadores nestes veículos”. Mais do que isso, acredita que nos “Estados Unidos da América ou na Alemanha pode não ser grande coisa, mas num país mais pequeno, à medida que camiões e carros autónomos se fazem à estrada, muda completamente o potencial de computação nesse país”.
Conforme alertam os especialistas em segurança global, apesar da evolução dos carros para máquinas cada vez mais inteligentes, estas opções trazem consigo novas vulnerabilidades, como ciberataques. Afinal, um estudo, publicado em fevereiro por funcionários da União Europeia, revela que a Inteligência Artificial torna os carros “altamente vulneráveis” a ataques, que só tendem a aumentar.
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