A moeda virtual Bitcoin é hoje uma das que mais transações movimenta e o mundo não é indiferente ao seu valor. No entanto, a sua aceitação já não partilha da mesma unanimidade. Ainda assim, os principais agentes dos mercados financeiros, estão a trabalhar em formas de a integrar no sistema e a notícia de hoje vai nesse sentido.
Segundo a imprensa especializada, a Goldman Sachs e outros bancos norte-americanos estão a estudar a possibilidade de utilizar a Bitcoin como garantia em empréstimos, sem que haja contacto direto com a moeda virtual.
Bitcoin, mais uma conquista da criptomoeda
De acordo com o site CoinDesk, especializado no tema das criptomoedas, os bancos de Wall Stret, onde se inclui a Goldman Sachs, estarão a analisar a possibilidade de usar a Bitcoin como colateral na comercialização de empréstimos. Esta informação cita fontes do setor bancário norte-americano.
Serão já seis as entidades bancárias que estão a ponderar criar este tipo de produtos. No entanto, para evitar que haja Bitcoin a circular no banco, a garantia será dada através de participação de terceiros.
A banca tradicional já percebeu o valor das criptomoedas e vê nelas uma oportunidade, mas ainda há um logo caminho a percorrer, principalmente por parte das entidades públicas em relação à sua aceitação e regulamentação.
Como usar a criptomoeda como colateral?
A Goldman Sachs ainda está a perceber de que forma pode emprestar dinheiro a instituições com Bitcoin como colateral, utilizando o mecanismo conhecido como “repo”, de repurchase agreement (contrato de recompra). A entidade bancária compraria ativos mobiliários com base na Bitcoin a determinadas entidades, para depois essas entidades os recomprarem a um preço um pouco mais alto no dia seguinte.
Este é um mecanismo que costuma ser utilizado para angariação de fundos de curto prazo, mas que, neste caso, evitaria a intervenção direta do banco nos mercados de Bitcoin.
Atualmente, de acordo com a entidade que atribui licenças bancárias nos Estados Unidos – OCC – os bancos têm a liberdade de prestar serviços de custódia e deter criptomoedas nos seus próprios balanços, sendo consideradas equivalentes a dinheiro vivo, segundo a CoinDesk. Porém, a SEC, a reguladora norte-americana do mercado de valores mobiliários, tem alertado para o risco que este tipo de ativos representa para os investidores.