Foi em julho que Richard Branson viajou até ao espaço, num voo histórico, mas também polémico. Na altura, tudo pareceu ter corrido bem e a viagem foi, conforme foi explicado, a definição de sucesso. Agora, no entanto, a Virgin Galactic está sob investigação devido a um alegado percalço.
Até à conclusão da investigação, a empresa espacial não pode realizar missões na sua SpaceShipTwo.
A Federal Aviation Administration (FAA) dos Estados Unidos da América está a investigar a Virgin Galactic pela viagem de Richard Branson ao espaço, em julho. A empresa espacial privada está proibida de lançar a sua SpaceShipTwo enquanto os reguladores não terminarem a investigação.
Recorde-se que a SpaceShipTwo foi a nave espacial que levou Richard Branson e cinco dos seus funcionários ao espaço. Aparentemente, a investigação é motivada por um suposto percalço que ocorreu durante a viagem. Afinal, a FAA é responsável pela proteção das pessoas durante todo o processo – desde o lançamento até à aterragem – das naves espaciais comerciais.
De acordo com a FAA, a nave espacial da Virgin Galactic desviou-se da rota aquando da descida até à sua pista no deserto do Novo México, no dia 11 de julho deste ano. Por conseguinte, a nave espacial deslocou-se da área livre de obstáculos do controlo de tráfego aéreo.
A Virgin Galactic não pode retomar os voos da SpaceShipTwo até que a FAA aprove o relatório final de investigação do contratempo ou determine que as questões relacionadas com o contratempo não afetam a segurança pública.
Revelou a FAA, num comunicado.
Embora a Virgin Galactic tenha insistido que os tripulantes nunca estiveram em perigo e que a nave espacial não “voou fora dos limites laterais do espaço aéreo protegido”, reconheceu que a trajetória final do voo se desviou do plano inicial. Mais do que isso, ressalvou que “em momento algum a nave viajou acima de qualquer centro populacional ou causou um perigo para o público”.
Com a investigação em curso e a SpaceShipTwo parada, a Virgin Galactic diz estar a “trabalhar em parceira com a FAA para resolver a questão do espaço para futuros voos”.