Um grande asteroide fará a sua passagem mais próxima da Terra nos últimos 89 anos nesta terça-feira dia 18. Batizado de 7482 (1994 PC1), o astro tem cerca de 1,1 km de comprimento e estará a uma distância de quase 2 milhões da Terra – o equivalente a cinco vezes a separação entre o nosso planeta e a Lua. Segundo a NASA, o asteroide, com cerca 3 vezes o tamanho da Torre Eiffel, passará “perto” e não apresenta riscos.
Este asteroide rochoso foi descoberto em 9 de agosto de 1994, pelo astrónomo Robert McNaught. Com um arco de observação de 47 anos tem uma órbita muito conhecida e foi observado pelo radar Goldstone em janeiro de 1997. A aproximação de 2022 tem sido observada todos os meses desde agosto de 2021.
Asteroide “potencialmente perigoso” visita a Terra
O asteroide rochoso, conhecido como (7482) 1994 PC1, passará próximo da Terra amanhã, dia 18 de janeiro, pelas 21h51. O astro viaja a uma velocidade de 70.415 km/h e passa por cá a uma distância de 0,01324 unidades astronómicas — cerca de 1,9 milhões de quilómetros, de acordo com a Solar System Dynamics (SSD) da NASA JPL-Caltech.
Apesar desta distância, que, segundo a NASA é totalmente seguro, mas pelos padrões cósmicos, está próximo para um objeto tão grande. O asteroide (7482) 1994 PC1 mede cerca de 1.100 metros de comprimento e, embora não haja perigo de colisão com a Terra, a NASA classifica o asteroide como um objeto potencialmente perigoso.
Aliás, conforme já referimos, a NASA descreve os asteroides como potencialmente perigosos todos aquelas que medem mais de 140 m de comprimento e têm órbitas que os transportam dentro de 7,5 milhões de km da órbita da Terra ao redor do Sol. Esta informação está disponível no serviço Asteroid Watch.
Mas como é que funciona o sistema NEOs?
Por exemplo, este asteroide que se aproxima também faz parte da categoria maior de rochas espaciais conhecidas como objetos próximos da Terra (NEOs). Estes passam a cerca de 50 milhões de km do caminho orbital da Terra.
O Programa de Observações NEO da NASA encontra, identifica e caracteriza estes objetos. Os números referem que os telescópios de pesquisa encontraram aproximadamente 28.000 NEOs que medem pelo menos 0,14 km de diâmetro, e cerca de 3.000 novos avistamentos são adicionados a cada ano, de acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS).
Conforme é referido no vídeo, depois dos observadores detetarem um asteroide ou cometa próximo da Terra, os cientistas analisam a órbita do objeto para avaliar o quão perto ele pode chegar da Terra.
Embora muitos milhares de asteroides e cometas estejam atualmente a circular pelo sistema solar, os objetos na base de dados do CNEOS dizem-nos que não há qualquer rota que represente ameaças sérias de impacto nos próximos 100 anos ou mais, diz a NASA.
Aponte o olhar para o céu amanhã para ver o asteroide
Conforme deu a saber o site EarthSky, amanhã à noite, se a visibilidade for boa, o asteroide será brilhante o suficiente para ser visto num local de céu escuro à noite com um telescópio de quintal.
Por mais próximo que o asteroide possa estar no dia 18 de janeiro, ele chegou muito mais perto a 17 de janeiro de 1933. Naquele ano, a rocha espacial passou pela Terra a uma distância de cerca de 1,1 milhões de km, e só virá de novo assim tão perto em 2105.
Leia também: