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Um erro grave poderia ter matado toda a tripulação da Apollo 11

Com o aproximar da missão Artemis 3 que levará de novo a humanidade à Lua, algumas histórias vão sendo conhecidas, mostrando como uma viagem ao nosso satélite é extremamente perigosa e que o passado poderá mostrar a ténue linha entre o sucesso e o desastre completo. Há um exemplo muito concreto desta fina linha, quando uma anomalia quase matou a tripulação da Apollo 11 durante a reentrada.


Um erro que quase matou os astronautas que pisaram a Lua

Aterrar uma nave espacial na Lua será sempre perigoso, e no passado, a única vez que o homem lá esteve, enfrentou momentos complicados. Por exemplo, nos momento finais do pouso, o computador da nave Eagle apontou para uma cratera cheia de pedras do “tamanho de automóveis”. Esta ação obrigou Neil Armstrong a assumir o controlo manual, para aterrar noutro local, tendo consumidor muito pouco combustível ao efetuar a manobra.

Há, contudo, momentos que quase determinaram o fracasso das missões à Lua, numa era espacial imensamente disputada. Segundo reza a história, num momento particularmente complicado, Buzz Aldrin detetou uma anomalia que poderia ter matado não só toda a tripulação da Apollo 11, mas também a de três outras missões Apollo.

O incidente ocorreu no regresso da tripulação à Terra, três dias depois de ter deixado a Lua. Antes da descida final para a atmosfera terrestre, os módulos de comando e de serviço separaram-se, tendo a tripulação ficado no módulo de comando, pronta para a reentrada.

Nesta altura, como referiu na altura a tripulação, “…a última coisa que se quer quando se atravessa a atmosfera é ver outro pedaço de destroços de uma nave espacial a cair diretamente atrás de nós.”. Por essa razão, era suposto o Módulo de Serviço libertar um pouco de impulso e manobrar para se afastar do Módulo de Comando, reentrando na atmosfera terrestre mais tarde e longe da tripulação da Apollo 11.

Bom, na teoria era assim que devia ter sido.

Houston, temos o módulo de serviço a passar. Um pouco alto e um pouco para a direita.

Disse Buzz Aldrin à NASA em terra. Uns momento depois diz:

Está a passar agora da direita para a esquerda.

A situação deixou os controladores sem reação por segundos, estava iminente o desastre.

Apollo 11: Mas o que teria fugido ao controlo da missão?

O problema não foi detetado na altura, no momento em que Aldrin observava que estava “a rodar como devia” e que os propulsores estavam a disparar. Um engenheiro elétrico que trabalhou no programa Apollo disse a Nancy Atkinson, autora de Eight Years to the Moon: The History of the Apollo Missions“, que o módulo de serviço não deveria estar “absolutamente nada perto do módulo de comando”.

Entretanto, no solo, um piloto observava o Módulo de Serviço a “desfazer-se em pedaços”, criando uma probabilidade ainda maior de colisão com o módulo do astronauta.

Estou a ver os dois, um por cima do outro. Um é o Módulo de Comando; o outro é o Módulo de Serviço.

Vejo o rasto atrás deles – que espetáculo! Dá para ver os pedaços a voar.

Disse Frank A. Brown, num relatório encontrado por Atkinson.

A tripulação, como se sabe, conseguiu regressar à Terra, onde teve lugar uma investigação sobre o incidente. A NASA descobriu que a Apollo 8 e a Apollo 10 tinham tido o mesmo problema. Os astronautas não o tinham detetado, mas o radar tinha detetado que os dois módulos estavam perigosamente perto de colidir.

De acordo com Atkinson, a NASA identificou que a “anomalia grave” aconteceu devido a um problema no controlador a bordo do Módulo de Serviço. Diz que avançaram com a Apollo 12 com o problema ainda instalado devido à falta de tempo para o reparar.

O problema foi resolvido a tempo da Apollo 13, mas – como é famoso – surgiram outros problemas.

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