As tripulações das viagens a Marte que estão a ser planeadas deveriam ser exclusivamente femininas. Quem o diz é a ciência.
A primeira pessoa a pisar a superfície da Lua foi um homem, em 1969, e apenas homens viajaram até ao nosso satélite natural. Pela disparidade nesta e noutras missões espaciais, a próxima viagem à Lua será assegurada por uma tripulação mista e a vontade é que seja uma mulher, desta vez, a pisá-la.
Não focando as questões de equidade e de pazes com a desigualdade do passado, um novo estudo indicou que temos deixado de lado o nosso verdadeiro trunfo: uma tripulação exclusivamente feminina.
Uma nova investigação corrobora as conclusões de uma outra, realizada nos anos 1950, sugerindo que missões como as viagens a Marte deveriam ser protagonizadas exclusivamente por mulheres. A razão é simples: uma tripulação feminina otimizaria os recursos disponíveis.
Missões espaciais deveriam ser protagonizadas por tripulações femininas
O recente estudo baseia-se no conhecimento deixado por um outro, realizado na década de 1950, que concluiu que, por terem corpos mais pequenos e mais leves, as mulheres necessitariam de menos calorias e menos oxigénio, estando mais aptas a viajar para o espaço, executar o trabalho necessário e a regressar com a melhor saúde possível.
Além disso, concluiu-se que os seus sistemas reprodutivos seriam mais resistentes à radiação, pelo que poderiam voltar à Terra ainda férteis. Afinal, contrariamente aos testículos, que estão fora do corpo e, consequentemente, mais expostos, os ovários estão dentro, mais protegidos.
Se, na altura, a ciência não foi ouvida, agora, surgiu uma nova investigação que confirma o que a da década de 1950 concluiu. O novo estudo não considerou a fertilidade, mas antes a poupança de recursos.
Desta vez, foram analisados o consumo de energia, o gasto de oxigénio, a libertação de dióxido de carbono e as necessidades de água de um grupo de homens e mulheres. Para os homens, o gasto total de energia aumentou 30%, o consumo de oxigénio 60%, a produção de dióxido de carbono 60% e as necessidades de água 17%. No caso das mulheres, os valores foram significativamente mais baixos.
Serão as próximas missões protagonizadas por uma tripulação exclusivamente feminina? Talvez não, mas a ciência reabriu o jogo…