Os acidentes associados ao Autopilot da Tesla não são novidade, nem para a fabricante, nem para os consumidores, nem para as autoridades responsáveis pela segurança. Aliás, foi exatamente por isso que os EUA iniciaram uma investigação à segurança do sistema.
Agora, a investigação está maior e a envolver mais fabricantes.
Em agosto, a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) iniciou uma investigação formal ao sistema Autopilot da Tesla, após serem notificadas uma panóplia de colisões. A administração terá em conta 11 acidentes, que resultaram em 17 feridos e um morto.
Agora, indo além da Tesla, a NHTSA está a solicitar dados de assistência ao condutor de 12 fabricantes de automóveis. Este avanço surge com o objetivo de expandir a sua investigação relativamente ao Autopilot da Tesla e os acidentes com veículos de emergência em que o sistema esteve envolvido.
Conforme adianta o Automotive News, o Office of Defects Investigation da NHTSA enviou cartas a 12 fabricantes de automóveis. De entre elas, destaca-se a Ford, General Motors, Toyota e Volkswagen. Aquelas solicitavam informações sobre os sistemas de assistência ao condutor de Nível 2, nos quais o veículo pode controlar simultaneamente a direção, a travagem e a aceleração em circunstâncias específicas.
Às fabricantes está a ser solicitado o fornecimento do número de veículos com sistemas de Nível 2 fabricados nos EUA, bem como o número total de quilómetros percorridos com esses sistemas e uma lista de quaisquer alterações e atualizações recentes.
Mais do que isso, a NHTSA está a solicitar reclamações de clientes, relatórios de estrada e de colisão, além de quaisquer processos judiciais relacionados com os sistemas.
O pedido de dados às fabricantes surge menos de duas semanas depois de a NHTSA ter feito o pedido das informações à Tesla sobre o seu sistema Autopilot, desde detalhes sobre os veículos vendidos, até aos parâmetros do funcionamento.
A Tesla tem até 22 de outubro para entregar os dados solicitados. Por sua vez, as fabricantes norte-americanas como a Ford, GM, e Stellantis têm até 3 de novembro, e outras, como a Toyota, Nissan, e Honda têm até 17 de novembro. As fabricantes de automóveis que não responderem ao pedido da NHTSA poderão enfrentar penalizações de até 115 milhões de dólares.