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Startup desenvolveu um novo método de remoção de carbono dos oceanos

O problema do dióxido de carbono não está apenas no ar, sendo que os oceanos contam com um acumular também preocupante. Assim sendo, uma startup desenvolveu um método e instalou a primeira estrutura capaz de remover o CO2 da água.

A empresa diz que a sua tecnologia consegue capturar dióxido de carbono a um custo de 475 dólares por tonelada.


Não é apenas no ar que acumulamos dióxido de carbono, uma vez que também o oceano conhece quantidades que não são sustentáveis, pois absorve uma enorme quantidade de CO2. Aliás, o IPCC refere que é necessário remover seis mil milhões de toneladas de CO2 anualmente, até 2025. Por isso, há empresas a pensar em soluções.

Uma startup com base no Havai, de nome Heimdal, está a desenvolver um método de remoção de carbono dos oceanos. A forma como está a ser pensado permitirá que esse CO2 seja armazenado permanentemente, ao mesmo tempo que reduz a acidez do oceano.

De acordo com um relatório da FastCompany, a empresa bombeia água salgada para uma máquina que, aplicando eletricidade, reorganiza as moléculas na água e reduz a acidez.

Além de remover o ácido do oceano sob a forma de ácido clorídrico – que pode ser armazenado e vendido separadamente -, o método produz hidrogénio e oxigénio enquanto subprodutos – estes elementos também podem ser armazenados. Posteriormente, a água é devolvida ao oceano e ajudará a capturar o CO2.

 

Remover dióxido de carbono do ar e dos oceanos

Conforme recorda o Interesting Engineering, no ano passado, investigadores da University of California Los Angeles (UCLA) anunciaram uma startup chamada Seachange que se focava num conceito semelhante ao apresentado pela Heimdal. Nesse caso, o processo convertia o dióxido de carbono presente na água do oceano num material semelhante ao das conchas, permitindo o seu armazenamento.

Neste momento, a Heimdal diz que a sua tecnologia consegue capturar CO2 a um custo de 475 dólares por tonelada e a instalação pode capturar 36 toneladas de carbono por ano. A sua próxima estrutura – que poderá vir a ser instalada em Portugal ou no Dubai – será concebida para capturar 5.000 toneladas de CO2 por ano e o preço cairá para menos de metade, inferior a 200 dólares por tonelada.

Apesar de promissora, a tecnologia de remoção de carbono está ainda numa fase embrionária, pelo que necessita de muitos melhoramentos e investimentos significativos.

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