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Sonda Solar Orbiter captou a maior erupção solar até hoje já registada (Vídeo)

O Sol entrou no ano 2020 no seu 25.º ciclo e os cientistas esperavam que este novo ciclo fosse como o 24.º, bastante calmo. No entanto, o Sol parece estar a acordar do período de silêncio do seu ciclo de 11 anos e está “selvagem”. Depois de no final de janeiro ter disparado uma ejeções de massa coronal que provocou uma tempestade geomagnética na Terra, destruindo mesmo dezenas de satélites, agora mostrou a sua fúria com uma enorme erupção solar captada pela Solar Orbiter .

Segundo a ESA, esta erupção, captada pela sonda, foi a maior até hoje vista. A Terra corre perigo?


O Sol está “selvagem”

Supostamente este 25.º Ciclo solar deveria ser tranquilo, mas suspeitou-se que não seria como o ciclo anterior, que ocorreu entre 2008 e 2019. Conforme é referido pela agência espacial, a imagem é impressionante e mostra a erupção solar a estender-se por milhões de quilómetros no espaço.

A nave Solar Orbiter da ESA/NASA captou a maior erupção de proeminência solar já observada numa única imagem junto com o disco solar completo. As proeminências solares são grandes estruturas de linhas de campo magnético emaranhadas que mantêm densas concentrações de plasma solar suspensas acima da superfície do Sol, às vezes assumindo a forma de arcos em arco.

Conforme por várias vezes referido, estas são frequentemente associadas a ejeções de massa coronal, que, se direcionadas para a Terra, podem causar estragos na nossa tecnologia e vidas quotidianas.

Este último evento ocorreu em 15 de fevereiro e estendeu-se por milhões de quilómetros no espaço. A ejeção de massa coronal não foi direcionada à Terra. Na verdade, está a viajar para longe de nós. Não há assinatura da erupção no disco solar voltado para a sonda.

Erupção solar captada impressiona!

As imagens foram captadas pelo ‘Full Sun Imager’ (FSI) do Extreme Ultraviolet Imager (EUI) existentes na Solar Orbiter. O FSI foi projetado para observar o disco solar completo mesmo durante passagens próximas do Sol, como durante a próxima passagem do periélio no próximo mês.

Na maior aproximação já no próximo dia 26 de março, a nave passará a cerca de 0,3 vezes a distância Sol-Terra. Como tal, o Sol preencherá uma porção muito maior do campo de visão do telescópio. No momento, ainda há muita ‘margem de visualização’ ao redor do disco, permitindo que detalhes impressionantes sejam capturados pelo FSI em cerca de 3,5 milhões de quilómetros, equivalente a cinco vezes o raio do Sol.

Assim, a imagem feita agora pela Solar Orbiter é inédita, porque traz um único campo de visão com o disco solar. Outras missões espaciais também assistiram ao evento, incluindo a sonda Solar Parker, da NASA. Os registos somados abrem novas possibilidades de estudo.

No comunicado, a ESA destacou que:

Embora este evento não tenha enviado uma explosão de partículas mortais em direção à Terra, é um importante lembrete da natureza imprevisível do Sol e da importância de compreender e monitorizar o seu comportamento.

Este é mais um registo a somar a muitos que fazem a história contada pela humanidade da sua estrela que somar já 4,5 mil milhões de anos. Está, portanto, em cerca de metade da sua vida.

 

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