Vénus é a irmão gémeo da Terra e há vários fatores que levam os astrónomos a dedicar-lhe uma especial atenção. De tal forma que, conforme foi anunciado, a NASA vai lançar duas missões ao planeta pela primeira vez em 30 anos. No entanto, o assunto hoje é a passagem “quase a tocar” no planeta pela sonda espacial Solar Orbiter.
Esta nave da NASA e da ESA passou na segunda-feira a apenas 7.995 quilómetros da superfície de Vénus.
O lado escuro de Vénus
A sonda Solar Orbiter da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) realizou uma aproximação para aproveitar o impulso da gravidade de Vénus e ajustar a sua trajetória até o Sol. Como resultado, a sonda passou somente a 7.995 quilómetros da superfície do gémeo da Terra.
Ao concluir a manobra, a sonda aproveitou a gravidade do planeta para acelerar e ajustar a sua trajetória em direção ao Sol. Nessa altura, a câmara do equipamento gravou a aproximação e obteve as imagens.
Conforme é possível ver, a parte noturna de Vénus, um semicírculo escuro cercado pela parte do planeta iluminada pela luz solar, aparece na forma de meia-lua.
Foi um aproveitar da situação e como tal o lado gravado não foi o melhor.
Idealmente, teríamos conseguido resolver algumas características no lado noturno do planeta, contudo havia demasiado sinal do lado diurno. Apenas uma faixa do lado diurno aparece nas imagens, mas reflete a luz solar suficiente para causar a meia-lua brilhante e os raios difratados que parecem vir da superfície.
Referiu o astrofísico Phillip Hess no comunicado da NASA.
No dia a seguir, na terça-feira, foi a vez de outra sonda espacial, a BepiColombo, aproximou-se a apenas 522 quilómetros de Vénus. Este foi também usado como “trampolim” para chegar ao objetivo da sua missão, Mercúrio.
Conforme foi anunciado. está previsto que a BepiColombo chegue a Mercúrio no final de 2025 e que, um ano depois, os dois orbitadores a bordo comecem a recolher dados do planeta que, segundo os especialistas, “contém pistas importantes sobre a formação e evolução de todo o Sistema Solar”.