Pplware

Solar Orbiter captou um vídeo incrível de uma ejeção de massa coronal

A sonda da ESA, a Solar Orbiter, foi lançada em 2020 e desde essa altura tem-nos presenteado com imagens fantásticas do Sol. Desde então, começamos a olhar para a nossa estrela com mais rigor tecnológico e com isso recebemos informação que antes não era possível. Como exemplo podemos ver captado em vídeo pela primeira vez uma explosão de plasma do Sol, chamada de ejeção de massa coronal.

Estas explosões de plasma podem chegar à Terra e afetar instrumentos espaciais, como os satélites e outros equipamentos eletrónicos.


A Solar Orbiter completou uma passagem próxima ao sol em fevereiro deste ano, chegando a metade da distância entre o sol e a Terra.

Embora esta passagem fosse principalmente para verificar as configurações dos instrumentos do Orbiter, a sonda ainda conseguiu captar dados científicos. E, fortuitamente, três dos seus instrumentos estavam a observar o Sol nos dias após esta aproximação, quando duas ejeções de massa coronal ocorreram.

Solar Orbiter mostra explosões no Sol que podem trazer problemas na Terra

Uma ejeção de massa coronal (CME) é uma grande expulsão de plasma da coroa solar, que viaja pelo sistema solar como vento solar.

Conforme já por várias vezes foi abordado, estes ventos solares viajam até a Terra e podem afetar satélites e outros componentes eletrónicos em órbita num fenómeno chamado clima espacial.

Os CMEs podem até afetar o nosso planeta mais diretamente, ao produzir tempestades geomagnéticas, que conseguem causar apagões. Um exemplo destes apagões aconteceu na província do Quebec, Canadá, que ficou às escuras devido a um CME em março de 1989.

Esse acontecimento, e outros que poderiam afetar o planeta, tornaram o estudo e a compreensão da atividade solar uma prioridade. Apesar de ter sido uma sorte, este vídeo da sonda Solar Orbiter mostra, contudo, que é possível captar um CME usando uma variedade de instrumentos diferentes que mostram os seus efeitos a propagar-se para fora.

Imagens únicas do Sol a disparar massa coronal

No vídeo, que pode ser visto a seguir, o CME foi captado primeiro pelo instrumento Extreme Ultraviolet Imager (EUI).

Em seguida, diminui o zoom para mostrar os seus efeitos na coroa externa do Sol, captado pelo coronógrafo de Metis e, em seguida, diminui o zoom ainda mais, para mostrar o vento solar capturado pelo Heliospheric Imager (SoloHI).

Estes tipos de observações podem ajudar a humanidade a aprender mais sobre a complexa atividade do Sol e como ela se propaga através do sistema solar.

Estas imagens são apenas uma amostra do que se pode esperar quando todos os instrumentos do Solar Orbiter forem trocados para o modo ciência completa no final deste ano.

Exit mobile version