No início deste ano, os Estados Unidos da América (EUA) apresentaram um projeto inovador que envolvia a instalação de painéis solares numa nave espacial, por forma a enviar energia para outras naves espaciais. Agora, estão a considerar a possibilidade de aproveitar essa fonte renovável para enviar energia para a Terra.
Os primeiros testes desta iniciativa já foram concluídos.
O Air Force Research Laboratory dos EUA apresentou, no início deste ano, uma proposta que, à primeira vista, parecia retirada de um filme. O projeto da organização envolvia a instalação de painéis solares numa nave espacial, para enviar energia para outras naves espaciais. Contudo, agora, está a considerar a possibilidade de aproveitar essa fonte renovável, a ser instalada no espaço, para enviar energia para a Terra via radiofrequência.
Os benefícios da captação da energia solar do espaço são vários. Em primeiro lugar, são evitados obstáculos que podem reduzir a radiação. Em segundo lugar, os painéis podem adaptar a sua orientação para o sol, potencializando a sua eficiência e aproveitando ao máximo as horas de sol em cada região. Em terceiro lugar, porque a luz solar é mais forte fora da atmosfera da Terra, pelo que será captada mais energia.
Energia solar captada no espaço
Pelos benefícios que lhe estão associados, o Air Force Research Laboratory dos EUA já realizou o primeiro teste. Nesse, foi utilizado um ‘azulejo sanduíche’, por forma a converter com sucesso a energia solar em radiofrequência.
O ‘azulejo sanduíche’ é constituído por duas camadas: a primeira é um painel de células fotovoltaicas que recolhem a energia e a fornecem à segunda camada; a segunda é preenchida com componentes que permitem a conversão de raios solares em radiofrequência.
A conversão bem sucedida da luz solar em energia de radiofrequência numa arquitetura leve e escalável é um passo significativo na entrega dos componentes básicos de tecnologia para completar missões como a Arachne, que procura recarregar as naves espaciais fora da atmosfera.
Disse Jay Patel, vice-presidente da unidade de negócios de programas de teledeteção da Northrop Grumman.
O teste realizado em laboratório utilizou um simulador solar para iluminar o lado fotovoltaico do ‘azulejo sanduíche’ e iniciar o processo de conversão.
Agora, a equipa será desafiada a continuar a desenvolver a tecnologia, para que esteja pronta para a missão prevista para 2025. Desta forma, a Arachne será a primeira a converter a luz solar em energia fora da Terra, sendo uma base desta tecnologia para o futuro.
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