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NASA regista uma explosão magnética nunca antes vista na atmosfera da Terra

De vez em quando, o campo magnético que protege a Terra muda as suas linhas, enviando chuvas de partículas explosivas para a atmosfera.

Pela primeira vez, a NASA detetou uma explosão magnética no lado escuro da Terra.


NASA testemunha explosão magnética nunca vista

O quarteto de satélites Magnetospheric Multiscale (MMS) da NASA, lançados em 2015, registou em alto detalhe o lado noturno do planeta, fornecendo informações vitais sobre um fenómeno que agita os ventos do espaço em todo o Sistema Solar.

Segundo informações publicadas no artigo da revista Science do passado dia 15 de novembro, a missão obteve imagens inéditas que fornece à NASA informações sobre o funcionamento da reconexão magnética, “um processo de conversão de energia que ocorre em muitos contextos astrofísicos, incluindo a magnetosfera da Terra”.

Esta é a primeira vez que os cientistas conseguem observar o fenómeno graças a uma corrente de partículas alinhadas simetricamente, como explica o site Science Alert, esta é uma “versão mais calma” de uma atividade caótica que se regista no lado solar da magnetosfera terrestre.

Isto é muito importante, porque quanto mais sabemos sobre estas reconexões, melhor nos podemos preparar para estes eventos externos que podem acontecer a partir deste fenómeno, em torno da Terra ou em qualquer ponto do Universo

Revelou Roy Torbert, investigador do MMS.

Os cientistas, que já tinham mapeado os detalhes deste fenómeno nesta parte da atmosfera, em outubro de 2015, viram-no agora em forma de cometa no lado noturno da Terra, o que lhes permite ter uma nova visão do planeta, porque revela fluxos suaves de jatos de eletrões de alta energia que se movem a uma velocidade de mais de 15 mil quilómetros por segundo.

A superfície da Terra é protegida da chuva constante de eletrões e protões de alta velocidade emergentes do sol através de um “guarda-chuva magnético”, cujo “tecido se contorce e ondula com a energia enquanto as partículas são arrastadas para o comprimento dos canais em loop” e, finalmente, voltam para o espaço.

No caso de haver uma grande acumulação dessas partículas, poderia “causar o caos nas redes e sistemas elétricos”.

A MMS é uma missão não tripulada da NASA, lançada em 13 de março de 201,5 e composta por uma formação tetraédrica de satélites, tendo como objetivo reunir informações sobre a microfísica da reconexão magnética, a aceleração de partículas energéticas e a turbulência, bem como os processos que ocorrem nos plasmas astrofísicos.

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