Hoje, sexta-feira 13, teremos um céu iluminado por uma Lua cheia. Contudo, pela primeira vez em 19 anos, esta vai surgir menor que o habitual. Trata-se de uma Lua das Colheitas, que acontece perto do equinócio de setembro. Este é o período que marca o fim do verão e o início do outono boreal.
O fenómeno é conhecido por este peculiar nome que coincide com a época das colheitas agrícolas no Hemisfério Norte.
A Lua cheia mas com aspeto de microlua
No hemisfério norte, existe um fenómeno que se chama Lua da Colheita. Segundo informações, esta é uma Lua cheia próxima do equinócio do outono. Dependendo do seu fuso horário, o equinócio de outono de 2019 para o Hemisfério Norte chega no dia 22 ou 23 de setembro. E a Lua cheia de setembro chega na noite de sexta-feira, 13 de setembro. Já para o resto do mundo, este evento chega dia 14 de setembro.
Mas de que se trata esta Lua de Colheita?
A Lua da Colheita é apenas um nome. De certa forma, é como qualquer outro nome de Lua cheia. Contudo, estas luas cheias de outono têm características especiais, relacionadas com a época do nascer da Lua. A natureza é particularmente cooperante ao dar-nos Luas cheias perto do horizonte após o pôr do sol, durante várias noites seguidas, por volta da altura da Lua da Colheita.
Assim, em média, o nosso satélite natural nasce cerca de 50 minutos depois de cada dia. No entanto, quando uma Lua cheia acontece perto de um equinócio de outono, este fenómeno aproxima-se da hora do pôr do sol. Para latitudes moderadas, ela sobe apenas cerca de 25 a 30 minutos mais tarde, diariamente, durante vários dias antes e depois da Lua cheia da Colheita.
Para latitudes setentrionais muito elevadas, há ainda menos tempo entre os sucessivos nasceres da Lua.
A diferença entre 50 minutos e 30 minutos pode não parecer grande coisa. Contudo, isso significa que, nas noites depois de uma Lua de Colheita completa, iremos ver a Lua a ascender no leste logo após o pôr do sol. A lua vai subir durante ou perto do crepúsculo nestas noites, fazendo parecer que há várias luas cheias – durante algumas noites seguidas – por volta da época da Lua da Colheita.
Microlua cheia – Qual a razão para acontecer este fenómeno?
Há uma explicação para isso e as imagens em baixo ajudam a perceber:
Mas a Lua da Colheita é maior, mais brilhante ou mais colorida?
Não necessariamente. Como a órbita da Lua em torno da Terra não é um círculo perfeito, a distância da Lua da Colheita da Terra – e o tamanho aparente no nosso céu – é um pouco diferente de ano para ano.
Nesse sentido, em 2019, a Lua da Colheita é, na verdade, uma microlua ou minilua. É a Lua cheia mais distante e menor do ano. Contudo, há quatro anos – 28 de setembro de 2015 – a Lua da Colheita era a superlua mais próxima e maior do ano.
Ainda assim, em qualquer ano, podemos pensar que a Lua da Colheita parece maior, mais brilhante ou mais laranja. Isso porque este fenómeno tem uma mística muito poderosa. Muitas pessoas procuram-na logo após o pôr do sol na altura da Lua cheia. Depois do pôr do sol por volta da hora da lua cheia, o astro estará sempre perto do horizonte. Simplesmente terá ressuscitado. É a localização da lua perto do horizonte que faz com que a Lua da Colheita – ou qualquer lua cheia – pareça grande e laranja.
A cor laranja de uma lua perto do horizonte é um verdadeiro efeito físico. Ela decorre do facto de que – quando olhamos para o horizonte – estamos a olhar através de uma espessura maior da atmosfera da Terra do que quando olhamos para cima.
O tamanho maior do que o habitual de uma lua vista perto do horizonte é outra coisa completamente diferente. É um truque dos nossos olhos, na verdade, é ilusão. É a chamada de Ilusão da Lua.
Portanto, a última vez que este fenómeno teve lugar foi numa sexta-feira 13 no ano de 2000. Desta feita, só o voltaremos a ver de novo em 2049.