Como parte do seu trabalho, os cientistas estudam, desde sempre, os vários planetas que nos rodeiam e fazem companhia no Sistema Solar. Contudo, recentemente, muitos têm sido os esforços reunidos para que humanos sejam realmente enviados para Marte.
Agora, uma equipa de cientistas está a simular a vida no Planeta Vermelho, numa cratera israelita.
É na cratera Ramon, no deserto do sul de Israel, que uma equipa de seis cientistas – cinco homens e uma mulher – está a simular como será viver durante um mês em Marte. A sua casa dos próximos tempos denomina-se AMADEE-20.
Conforme avançou a Reuters, no interior, os cientistas dormem, comem e realizam experiências, ao mesmo tempo que monitorizam os seus sinais vitais e registam tudo aquilo que possa ser relevante para compreender a postura humana num ambiente semelhante ao de Marte. Uma vez no exterior, usam fatos espaciais simulados, equipados com câmaras, microfones e sistemas de respiração autónomos. Também no exterior estão engenheiros e especialistas, munidos de um drone e um rover, para melhorar a cartografia e a navegação autónoma.
Somos seis pessoas a trabalhar num espaço apertado sob muita pressão para fazer muitos testes. Há certamente desafios […] Mas confio na minha tripulação, somos capazes de superar esses desafios.
Disse Alon Tenzer, um dos membros da equipa.
In the Ramon Crater in the desert of southern Israel, a team of six – five men and one woman – have begun simulating what it will be like to live for about a month on Mars. More photos: https://t.co/sATLGEHIBt 📷 Amir Cohen pic.twitter.com/aeyLGMIsc9
— Reuters Pictures (@reuterspictures) October 12, 2021
O projeto está a ser levado a cabo pelo Austrian Space Forum e pela Israel Space Agency.
Temos o lema de falhar rápido, falhar barato, e temos uma curva de aprendizagem íngreme. Porque por cada erro que cometemos aqui na Terra, esperamos não o repetir em Marte.
Disse Gernot Gromer, diretor do Austrian Space Forum.
Simulações de Marte aperfeiçoam a futura viagem real
Embora o projeto chegue atrasado, devido à COVID-19, a equipa – a habitar numa estrutura de 120 metros quadrados, com a forma de uma tenda – espera que ele permita reunir novos conhecimentos e ajude a preparar a verdadeira missão até Marte, quando ela chegar.
O habitat, neste momento, é a mais complexa, a mais moderna estação de pesquisa analógica deste planeta.
Disse Gromer.
Apesar de, até ao momento, terem sido enviadas várias sondas para Marte e a vontade seja crescente, a tão desejada missão tripulada poderá estar a muitos anos de distância. Então, os cientistas terão de aproveitar esse caminho para melhorar as suas capacidades e o seu conhecimento.