A Estação Espacial Internacional (EEI) tem tido vários problemas devido ao lixo que gravita em torno do nosso planeta. O laboratório espacial, que se encontra a cerca de 340,5 km de altitude, foi novamente vítima de detritos que causaram um buraco no seu braço robótico Canadarm2.
Segundo a Agência Espacial do Canadá (CSA) foi um pequeno pedaço de lixo espacial que perfurou o equipamento. Contudo, a CSA disse que foi um “golpe de sorte”, já que o braço robótico continua a funcionar apesar do furo.
Detrito atinge braço robótico Canadarm2
Há mais de meio milhão de fragmentos de detritos não muito maiores que um berlinde a “poluir” a órbita da Terra e mais de 20 mil destes fragmentos são do tamanho ou maiores que uma bola de ténis. Para termos uma ideia, estes minúsculos fragmentos superam em muito o impacto de uma bala em movimento, com velocidades máximas que se aproximam de 48 mil km/h.
Portanto, pelo tamanho do buraco que está bem visível no braço robótico da EEI, se atingisse mais do que a manga protetora, seguramente o risco de uma avaria catastrófica seria real.
Cada vez a ameaça é maior e as preocupações aumentam na EEI
O facto de a Estação Internacional ter sido atingida por algum tipo de objeto misterioso não deveria ser uma grande surpresa. A órbita terrestre baixa é uma verdadeira sucata, cheio de milhões de fragmentos gerados por humanos. São satélites extintos, partes de foguetes e até pedaços de naves espaciais, assim como material que se desintegra com o passar dos anos dos satélites.
Atualmente, é possível vigiar 34 mil objetos maiores que 10 centímetros a flutuar na órbita, mas qualquer coisa menor é basicamente invisível para os equipamentos que “olham” o Espaço em volta do planeta.
Estamos a lidar com detritos espaciais que medem alguns milímetros de diâmetro. Contudo, por menores que sejam, podem acarretar danos devido às intensas velocidades envolvidas — que chegam a 10 km por segundo.
O buraco no Canadarm2 foi detetado durante as inspeções de rotina do dispositivo realizadas no dia 12 de maio. Especialistas da CSA e da NASA analisaram imagens detalhadas para determinar a extensão dos danos. Segundo eles, o buraco, com um diâmetro estimado de um 6 mm, está localizado num dos segmentos da lança do braço.
Apesar do impacto, os resultados da análise indicam que o desempenho do braço permanece inalterado. O dano é limitado a uma pequena seção da lança do braço e manta térmica.
Afirmou a CSA.
Assim, os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional continuarão a usar o Canadarm2.
Leia também: