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Implante cerebral deteta e elimina a dor em tempo real

A tecnologia é, sem sombra para dúvidas, uma aliada da saúde. Além dos gadgets que garantem uma monitorização corporal, existem também implantes que, aparentemente simples, vão resolvendo problemas específicos e garantindo uma melhor qualidade de vida. Hoje, mostramos-lhe um implante cerebral.

Este que, apesar de ser experimental, traz consigo a promessa de detetar e eliminar a dor, em tempo real.


Investigadores da New York University (NYU) estão a trabalhar num implante cerebral que, futuramente, poderá detetar e eliminar determinadas dores, como as enxaquecas. A investigação a ser levada a cabo abrirá caminho para o desenvolvimento de outro tipo de implantes para outras condições cerebrais.

Apesar de não se destinar, ainda, ao uso médico, poderá ser um instrumento interessante no combate à dor.

 

Ratos foram a cobaia do implante

Até agora, os implantes têm sido utilizados para enviar textos, dar feedback sobre um estímulo e até permitir que macacos manuseiem um joystick. Agora, os investigadores conseguiram utilizar o sinal para antecipar a dor e, depois, um outro sistema para a suprimir. Isto, através do cérebro.

De forma a antecipar a dor, a equipa implantou elétrodos na região do córtex cingulado anterior do cérebro, que é a região que processa os sinais de dor. De modo a eliminá-la, instalaram um cabo de fibra ótica na região pré-frontal do córtex pré-frontal.

Ora, estudos anteriores mostraram que ativar neurónios na região do pré-frontal do córtex reduz os sinais de dor em ratos e em primatas. Quando a região do córtex cingulado anterior recebe os sinais de dor, o implante dirige a fibra ótica e ilumina os neurónios da região do córtex pré-frontal, ativando-os. Dessa forma, a dor é detetada e eliminada em tempo real.

Inicialmente, este implante cerebral foi testado em ratos. Tendo em conta que o animal não consegue dizer se está, ou não, a sentir dor, os investigadores expuseram os ratos a uma dor mecânica aguda, semelhante a um alfinete nas patas. Depois de colocado o implante, os ratos retiraram as patas 40% mais devagar.

Os resultados, publicados na Nature Biomedical Engineering, poderão ser também úteis para a exploração de métodos alternativos para o controlo da dor.

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