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Grande Mancha Vermelha de Júpiter afinal não está a morrer. Então o que se passa?

Júpiter é um planeta gigante que tem uma marca que se destaca. A Grande Mancha Vermelha é um enorme anticiclone da atmosfera do planeta de forma oval e coloração em tons de vermelho, sendo uma das características mais distintivas deste astro. Contudo, esta mancha parece estar a desaparecer há décadas. Será que vai morrer esta tão característica mancha?

Segundo os astrónomos, esta tempestade pode não estar a diminuir, há sim uma transformação nestas nuvens.


Mancha vermelha de Júpiter não está a morrer

Tem havido preocupações de que o Grande Ponto Vermelho possa desaparecer. No passado, esta mancha era grande o suficiente para que quase três planetas do tamanho da Terra se encaixassem dentro dela. Contudo, atualmente pouco mais que uma Terra cabe lá dentro. Apesar de sabermos que se trata de uma tempestade icónica, esta tem sido observada desde há muitos anos (há relatos de 1830) e nota-se que tem diminuído desde 1878.

O ritmo dessa alteração parece ter aumentado desde 2012. Nessa altura levantaram-se relatos de que ela pode estar a se aproximar da sua morte.

 

Juno captou atividade, flocos com 100 mil quilómetros de diâmetro

A sonda da NASA, Juno, catou imagens fantásticas deste ponto, no início deste ano. Conforme pode ser visto nas imagens, é possível perceber a existência de “flocos” vermelhos. Estes medem 100.000 quilómetros de diâmetro que separam o Grande Ponto Vermelho.

Segundo o investigador Philip Marcus da Universidade da Califórnia, as imagens de astrónomos, profissionais e amadores, não contam toda a história. As nuvens visíveis escondem o verdadeiro tamanho e natureza do vórtice da tempestade. Na primavera de 2019, os observadores fotografaram grandes “flocos” vermelhos que foram arrancados da familiar mancha vermelha, mas Marcus acredita que o fenómeno da descamação é um estado muito natural do vórtice coberto de nuvens e não uma indicação de morte da grande mancha vermelha.

 

Modelos de computador trouxeram mais respostas

Com a utilização de modelos gerados por computador, os investigadores descobriram que a descamação captada por Juno era de facto os efeitos de um evento raro. Assim, foi possível perceber de que se tratava de ciclones que são comuns na atmosfera de Júpiter. Contudo, estes tinham colidido com pedaços de nuvens que ainda não tinham sido puxados para a tempestade quando passavam.

O impacto “estilhaçou” as nuvens, que parecem vermelhas porque estão acima da tempestade. Como resultado, estas nuvens estão expostas a mais radiação UV do sol. Isto dá a impressão de que partes do Grande Ponto Vermelho estão a desfazer-se.

Mexer com estes tópicos causam um efeito de ansiedade na comunidade científica. Nesse sentido, são vários os especialistas que alertam para um cuidado que deve haver a fazer suposições baseadas apenas em fotos quando ainda não entendemos completamente o ambiente da tempestade.

 

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