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Chip com GPS alimentado por calor corporal poderá ser implantado já em 2019

As tecnologias têm uma ação importante no tratamento de doenças, mas também podem ser úteis aos doentes e familiares noutras áreas que não o tratamento. No caso de pessoas com doenças neurodegenerativas, como o alzheimer ou a demência, a tecnologia pode ser importante na localização dessas pessoas.

Existem vários produtos para monitorizar e localizar pessoas, mas agora uma empresa americana apresentou um implante com GPS que poderá ser a solução para este problema.


Chip com GPS poderá ajudar na demência

A empresa Three Square Market (32M), do estado americano de Wisconsin, criou um implante com GPS para adultos vulneráveis, pessoas que se podem desorientar e perder.

Chama-se Closing Bell e foi apresentado esta semana na CNBC. O responsável do projeto, Todd Westby, afirmou que a empresa está a trabalhar num chip ativado por voz que se carrega com o calor corporal e que verifica os sinais vitais de quem o usa e pode fazer localização por GPS.

Segundo as informações do responsável, a empresa pretende lançar o seu primeiro teste já no próximo ano e, só nessa altura, irão submeter o dispositivo à aprovação do órgão regulador de medicamentos, alimentos e equipamentos relacionados à saúde, a Food and Drug Administration (FDA).

 

47 milhões de pessoas que sofrem com demência

Há uma crescente procura por dispositivos deste tipo, principalmente porque os cuidadores querem ter sempre em tempo real informações das pessoas com estes problemas de desorientação, esquecimento e falta de reconhecimento das pessoas e lugares.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, atualmente há 47 milhões de pessoas que sofrem com demência, mas até 2030 espera-se que este número cresça para os 75 milhões. Mais preocupante é saber que seis em cada dez pessoas com demência acabam por se perder nalgum momento, mesmo que seja por poucos minutos ou horas.

Este dispositivo GPS que a empresa pretende implementar poderá, contudo, ser menos eficiente que as pulseiras que emitem sinais de rádio, já que o GPS não funciona em todos os lugares ou dentro de grandes edifícios. Embora que, com as tecnologias indoor positioning system (IPS), algumas destas preocupações podem desaparecer.

As críticas são disparadas também para a característica invasiva do dispositivo. A questão coloca-se se é realmente necessário realizar um implante quando há outros produtos que desempenham a mesma função e que são usados fora do corpo.

A empresa parece acreditar que é uma solução para a vida moderna, para a utilização das tecnologias atuais que podem ser mais viáveis e, acima de tudo, mais expeditas a salvar vidas, se estas pessoas estiverem em perigo.

Em julho de 2017 todos os funcionários da 32M receberam a oferta de um implante do chip na mão que substituiria o crachá necessário para abrir portas, desbloquear os computadores e impressoras, além de realizar pequenas transações na cafetaria da empresa. Aliás, a ideia também fez eco na Suécia. O implante do chip em questão não tinha GPS, mas mesmo assim muitos não se sentiram confortáveis com a perspetiva de receberem este implante.

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