O ‘Sol artificial’ da China alcançou pela primeira vez uma temperatura do plasma superior a 100 milhões de graus Celsius, marcando um passo importante na futura experiência do reator de fusão, de acordo com o Instituto de Física de Hefei, da Academia de Ciências da China.
Esta temperatura atingida pelo reator nuclear experimental é quase sete vezes superior à temperatura do núcleo do Sol. Estes valores foram conseguidos durante quase dez segundos.
O futuro terá energia de fusão limpa
A informação, veiculada pelo site China.org.cn, refere que é a primeira vez que o reator de fusão termonuclear EAST (acrónimo em inglês para Tokamak Supercondutor Experimental Avançado), também conhecido como “Sol artificial“ conseguiu, em fusão estável, uma temperatura de 100 milhões de graus Celsius. Temperatura capaz de realizar a fusão do núcleo dos átomos.
Os dados experimentais obtidos estabelecem uma base importante para o desenvolvimento da energia de fusão limpa. A fusão nuclear precisa de temperatura muito alta e grande pressão, e segundo a teoria atual, deve atingir pelo menos 100 milhões de graus Celsius.
For the first time, the plasma center inside China’s self-developed “artificial sun” reached 100 million degree Celsius. This is the fourth generation of China’s nuclear fusion reactors and can provide a limitless source of clean energy. pic.twitter.com/iQ1hySIpvj
— Global Times (@globaltimesnews) November 12, 2018
Portanto, a conquista bem sucedida do sol artificial chinês de 100 milhões de graus Celsius pode atingir a condição de ignição da fusão nuclear.
Será a fusão nuclear a fonte de energia mais adequada ao ser humano?
Segundo os especialistas, a fusão nuclear é indiscutivelmente a melhor maneira dos seres humanos obterem energia. Em termos de matérias-primas, o deutério e o trítio necessários para a fusão nuclear são quase inesgotáveis no oceano. Além disso, a fusão nuclear não produz resíduos radioativos, por isso é extremamente amiga do ambiente.
A China projetou e construiu de forma independente o EAST em 2006. A instalação tem 11 metros de altura, diâmetro de 8 metros e peso de 400 toneladas. O país é o primeiro no mundo a projetar e desenvolver esse equipamento por conta própria.
O desenvolvimento da ciência e da tecnologia torna a vida futura cheia de possibilidades infinitas.
Uma frase apropriada adicionada a esta informação que foi colocada na plataforma social chinesa Sina Weibo.
O mundo está atento para o novo paradigma da energia
Estes resultados dão nova projeção para a construção do Reator Experimental Termonuclear Internacional (ITER).
O ITER é um projeto de reator experimental a fusão nuclear baseado na tecnologia do Tokamak. Este projeto, instalado no sul de França, conta com a colaboração de 35 países, incluindo Estados Unidos, Rússia, China e União Europeia.