São vários os países que estão já a passar por uma “quinta-vaga” de COVID-19. Os números têm levado alguns governos a atuar de emergência, definindo novas restrições. Portugal, com 86% da população vacinada, também vê a pandemia crescer, mas longe de cenários do passado.
Uma boa notícia é que as vacinas que bloqueiam a transmissão chegam já em 2022.
Vacinas funcionam à base de microespículas, como se fossem um selo adesivo
As vacinas de segunda geração que já permitem bloquear a transmissão do SARS-CoV-2 devem já chegar no próximo ano. Manuel Santos Rosa, professor catedrático da Faculdade de Medicina de Coimbra, refere que só as vacinas bloqueantes permitem ganhar tempo e vencer a batalha contra a COVID-19.
Numa entrevista cedida ao Diário de Notícias, Manuel Santos Rosa diz que estas novas vacinas já estão em fase avançada de desenvolvimento nos Estados Unidos mas também na Europa, nomeadamente na Alemanha e no Reino Unido.
Sabemos que o inverno lhe é favorável [ao vírus] e desfavorável aos humanos e a ciência tem na calha a perspetiva de novas vacinas, uma segunda geração, à base de microespículas, como se fossem um selo adesivo, que poderão ser já bloqueantes à transmissão e eficazes no reforço da imunidade celular
Para o imunulogista é preciso também acabar com o “mito” da “imunidade de grupo”…
Na minha opinião, este conceito é um equívoco que tem de ser desfeito. Já todos percebemos que as vacinas atuais não são totalmente eficazes a evitar a transmissão do vírus. Isto quer dizer que até poderíamos estar todos vacinados que, mesmo assim, uma percentagem continuaria a transmitir o vírus
O médico considera que foi um erro o alívio de algumas medidas de proteção individuais.
O novo coronavírus, designado SARS-CoV-2, foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019 na China, na cidade de Wuhan. Este novo agente nunca tinha sido identificado anteriormente em seres humanos. A fonte da infeção é ainda desconhecida.