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COVID-19: Afinal quanto tempo de imunidade oferece a vacina?

Apesar de já ter passado quase um ano, há questões desta pandemia que ainda não têm resposta. Mesmo a ciência estando ao mais alto nível, é difícil de concluir algumas coisas, pois falta o “tempo”, para perceber como evolui.

Relativamente às vacinas, uma das questões mais frequentes é qual o período de imunização. O imunologista Luís Graça dá a resposta.


 Tempo de imunidade da vacina deverá rondar 1 ano

Afinal quanto tempo de imunidade oferece a vacina? A resposta mais correta neste momento é “Ainda não se sabe”! No entanto, quem conhece e domina melhor esta área “arrisca” a dar a opinião. Para o imunologista Luís Graça  “é expectável” que a vacinação contra a COVID-19 confira proteção durante pelo menos um ano. No entanto, é necessário o tal tempo para se perceber como evolui a imunidade das pessoas vacinadas até ao momento.

Como as pessoas que tiveram COVID-19 têm, na sua maioria, um estado de imunidade que dura pelo menos sete ou oito meses, é expectável que a vacinação confira imunidade por um período de pelo menos um ano

Luís Graça coordena o laboratório de investigação em imunologia celular no Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, em Lisboa reforça que “ainda não decorreu tempo suficiente para se saber a duração da imunidade” dada pelas vacinas.

As vacinas contra a COVID-19 já aprovadas e administradas em várias partes do mundo, incluindo Portugal, apesar de baseadas em tecnologias distintas e com graus de eficácia diferenciados, são como que um manual de instruções para um exército de células do corpo produzir anticorpos (substâncias) capazes de neutralizar o coronavírus SARS-CoV-2 quando invade o organismo.

A duração da imunidade contra a COVID-19 gerada artificialmente pelas vacinas (e não naturalmente pela infeção) ainda não é conhecida porque “os primeiros ensaios” clínicos “foram iniciados há poucos meses”, lembrou Luís Graça.

Carlos Penha-Gonçalves,  esclareceu que para se perceber qual a duração da proteção dada pelas vacinas contra a covid-19 são precisos estudos de acompanhamento das pessoas vacinadas “ao longo de períodos largos”, que permitam monitorizar a resposta imunológica, por exemplo, medir a concentração de anticorpos, e a presença de sintomas e do vírus.

O plano nacional de vacinação para a covid-19 prevê “estudos de seguimento clínico de medição e acompanhamento da resposta imunitária”, que “serão desenvolvidos a nível nacional e integrados em estudos europeus mais amplos, de forma a atingir-se uma monitorização mais efetiva e completa”.

A doença infecciosa é causada por um novo coronavírus, o SARS-CoV-2, detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.

Mais de 2,2 milhões de pessoas já morreram em todo o mundo devido à pandemia da covid-19, num total de mais de 105 milhões de infetados.

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