Marte é um desafio constante para o ser humano. Em 2018, com a chegada da primavera, as sondas descobriram umas imagens estranhas no solo, pareciam aranhas. As fotografias da NASA chamaram à atenção da comunidade cientifica que se envolveu de imediato na descoberta de tal fenómeno. Mas, o que são então as “aranhas marcianas”?
Um estudo realizado por universidades da Irlanda e do Reino Unido replicou em laboratório a formação de araneiformes, padrões visuais semelhantes a aranhas, numa região polar do Planeta Vermelho.
Aranhas de Marte foram explicadas pelos testes na Terra
Em 2018, no nosso verão, a NASA publicou fotografias de um fenómeno peculiar avistado na superfície de Marte. As imagens mostravam padrões que se assemelhavam com “aranhas”. As fotografias foram captadas pela câmara HiRISE, instalada a bordo da nave espacial Mars Reconnaissance Orbiter.
Agora, quase 3 anos depois, os astrónomos afirmam ter descoberto o processo pelo qual os araneiformes, padrões pretos semelhantes a aranhas ou galhos de árvores, podem ter se formado no polo sul de Marte.
Segundo as equipas das universidades envolvidas, foi necessário realizar uma série de experiências “para investigar se os padrões similares às aranhas marcianas poderiam formar-se por sublimação de gelo seco”, disse em comunicado o Colégio da Trindade de Dublin.
Os investigadores utilizaram blocos de CO2 gelados para conseguirem replicar o processo de formação de araneiformes. Conforme é referido, os resultados estão disponíveis na revista Scientific Reports.
Esta investigação representa o primeiro conjunto de evidências empíricas para um processo de superfície que se pensa poder modificar a paisagem polar em Marte. As experiências mostram diretamente que os padrões de aranha que observamos em Marte a partir da órbita podem ser esculpidos pela conversão direta de gelo seco de sólido em gás.
Explicou Lauren McKeown, investigadora da Universidade Aberta.
Assim, os cientistas, após terem vivenciados em laboratório resultados semelhantes, acreditam que estas características, que não são encontradas na Terra, são esculpidas na superfície marciana pelo gelo seco que muda diretamente de sólido para gás [sublimando] na primavera.