Segundo os alertas que têm vindo a ser dados por várias entidades, as alterações climáticas terão um impacto muito significativo no planeta. Uma das grandes consequências são os desastres naturais que, com o passar do tempo, tornar-se-ão mais frequentes e agressivos.
Por essa razão, a China enviará uma constelação de 36 satélites para a órbita baixa da Terra, para prever e monitorizar desastres naturais.
Conforme adiantou o China Daily, a China começou os seus ambiciosos planos para construir uma constelação de 36 satélites. Esta será instalada na órbita baixa da Terra e terá como principal objetivo a recolha de dados para a previsão e monitorização de eventuais desastres naturais.
O projeto chinês é liderado pela Tianjin Satcom Geohe Technologies e tem como responsável Guo Jianqiang, presidente da empresa tecnológica. Este revelou ao China Daily que o primeiro satélite será lançado e ativado em junho de 2022, ao passo que os restantes seguirão o mesmo caminho até ao final de maio de 2023.
De acordo com Guo Jianqiang, a nova constelação da China fornecerá imagens de alta resolução, ajudando os investigadores a detetar e analisar deformações geológicas de nível milimétrico. Desta forma, aqueles serão capazes de avaliar e prever, detalhadamente, “as possibilidades de desastres geológicos, tais como deslizamentos de terras, subsidências e colapsos”.
Satélites como arma de prevenção de desastres naturais
A China não é a única a utilizar satélites para prevenir os desastres naturais. Aliás, a International Charter Space and Major Disasters é um plano internacional que recorre à tecnologia espacial para ajudar os serviços de emergência e resgate aquando de uma catástrofe.
Atualmente, a Carta conta com 17 membros e 61 satélites, que operam 24 horas por dia, sete dias por semana, assegurando que nenhuma catástrofe passa despercebida. Os contribuintes, espalhados pelo mundo todo, trabalham no sentido de recolher e organizar recursos, competências e experiência, por forma a garantir uma resposta eficaz a desastres naturais.
Para além dos contribuintes associados à International Charter Space and Major Disasters, também a European Space Agency (ESA) utiliza satélites para supervisionar ciclones, terramotos, incêndios, inundações, vulcões, manchas de petróleo, entre outros eventos catastróficos.
Conforme explicou Guo Jianqiang, os dados recolhidos servirão para melhorar significativamente a “precisão e a previsão de desastres naturais”, permitindo que os governos e os cidadãos se prepararem para os possíveis eventos.