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China vai disponibilizar o maior radiotelescópio a cientistas internacionais

Estando a China a ambicionar tornar-se no líder mundial em várias áreas, destacamos a sua vontade em tornar-se num centro global de investigação científica. Para isso, disponibilizará o maior radiotelescópio do mundo a todos os cientistas que o queiram aproveitar.

Conforme foi anunciado, este radiotelescópio situar-se-á no meio das montanhas do sudoeste da China.


China quer ser líder tecnológica mundial

De acordo com um plano publicado pela China, o país pretende, até 2035, tornar-se líder mundial, em inteligência artificial, espaço, energia limpa e robótica. Para estar à altura do desafio, terá de se preparar para grandes investimentos.

Então, um deles é um radiotelescópio, o maior do mundo, que será disponibilizado a todos os cientistas que o queiram utilizar. Dessa forma, Pequim caminha para efetivamente se tornar num centro global de investigação científica.

O objetivo é que qualquer cientista do mundo possa usufruir do Five-hundred-metre Aperture Spherical Telescope (FAST), a fim de ser possível, eventualmente, encontrar um génio científico.

Antes deste gigante, existia um outro para lhe fazer frente, no Arecibo Observatory, em Porto Rico. Contudo, este foi destruído quando a sua plataforma recetora suspensa de 900 toneladas se soltou e mergulhou 140 metros abaixo da antena.

Inspirámo-nos muito na sua estrutura que fomos melhorando gradualmente para construir o nosso telescópio.

Revelou Wang Qiming, inspetor chefe do centro de operações e desenvolvimento da FAST.

País cada vez mais independente

A ser projetado e trabalhado desde 2011, ficou completamente operacional em janeiro deste ano. Essencialmente, o trabalho passava por captar sinais de rádio emitidos por corpos celestes, em particular, corpos pulsares. Ou seja, o foco estava nas estrelas mortas de rotação rápida.

Indo ao encontro do objetivo da China, a antena parabólica do seu radiotelescópio é a maior do mundo, cobrindo uma área de cerca de 30 campos de futebol e tendo custado 175 milhões de dólares. Para que a sua construção fosse possível, foram deslocados milhares de residentes. Isto, de modo a garantir um desempenho perfeito. Ou seja, a instalação do FAST é muito sensível e, além de estar rodeada por 5 quilómetros de silêncio, os telemóveis e computadores não são permitidos.

A China tem vindo a realizar ações, para que se torne menos dependente da tecnologia estrangeira. Além de estar a injetar muito dinheiro no seu programa espacial, pretende também reformar o ensino para as novas gerações de cientistas e engenheiros.

A China é certamente um centro global de investigação científica, ao mesmo nível que a América do Norte ou a Europa Ocidental. A comunidade de investigadores é tão avançada, tão criativa e tão bem organizada como em qualquer nação avançado do mundo.

Disse John Dickey, professor de física na University of Tasmania, na Austrália.

 

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